O ministro Celso Amorim (Relações Exteriores) representou
nesta sexta-feira (29)o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Fórum
Econômico Mundial, em Davos, na Suíça. Amorim recebeu no lugar de Lula a
distinção de Estadista Global e leu o discurso do presidente
brasileiro.
Na mensagem, o presidente brasileiro tratou da necessidade de mudanças na economia global, para evitar novas crises, e de esforços mais fortes pela preservação do meio ambiente. O discurso também descreveu os avanços obtidos pelo Brasil nos últimos anos, que permitiram uma recuperação rápida em meio à turbulência global, na avaliação do presidente.
"O Brasil provou aos céticos que a
melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza." Ele avalia
que o olhar para o Brasil hoje é muito diferente do que há sete anos,
quando esteve pela primeira vez em Davos, logo que chegou ao poder.
Havia dúvida sobre o operário sem diploma universitário, vindo da
esquerda sindical. No discurso de 2003, Lula frisou que era necessário
construir uma nova ordem econômica internacional. "Sete anos depois
posso olhar nos olhos de cada um de vocês e do meu povo e dizer que o
Brasil fez a sua parte", diz a mensagem lida por Amorim. "Ainda
precisamos avançar muito, mas ninguém pode negar que o Brasil melhorou."
Ele
lembrou que 20 milhões de pessoas saíram do estágio de pobreza
absoluta, enquanto o País reduziu o endividamento externo e se tornou
credor do FMI. Para Lula, o Brasil caminha para se tornar a quinta
economia mundial. O discurso também trouxe críticas ao capitalismo
financeiro e a defesa do papel do Estado na economia. O presidente
avalia que o principal fator que ajudou o Brasil no combate à crise foi o
modelo econômico de incentivo ao crédito e ao consumo e de redução de
impostos, reforçado durante a turbulência. Lula, conforme as palavras
lidas por Amorim, pediu uma mudança profunda na ordem econômica, de
forma a privilegiar a produção e não a especulação.
Segundo ele,
os governos devem recuperar o seu papel original, que é o papel de
governar. "É hora de reinventar o mundo e suas instituições." O
presidente brasileiro também mandou uma mensagem de frustração com o
cenário mundial. "Os desafios do mundo são maiores que os enfrentados
pelo Brasil. O mundo precisa de mudanças mais profundas e complexas."
Segundo ele, Copenhague foi um exemplo, já que a humanidade perdeu uma oportunidade de avançar na preservação ao meio ambiente. "Espero que cheguemos com espíritos desarmados (na próxima reunião) no México".
O
prêmio "Estadista Global", concedido pela primeira vez pelo Fórum
Econômico Mundial, foi entregue pelo ex-secretário-geral da ONU Kofi
Annan ao ministro Amorim, que representou Lula. A cerimônia foi
encerrada há instantes.
Leia abaixo a íntegra do discurso:
"Minhas senhoras e meus senhores,
Em primeiro lugar, agradeço o prêmio
"Estadista Global" que vocês estão me concedendo.
Nos últimos
meses, tenho recebido alguns dos prêmios e títulos mais importantes da
minha vida.
Com toda sinceridade, sei que não é exatamente a mim
que estão premiando - mas ao Brasil e ao esforço do povo brasileiro.
Isso me deixa ainda mais feliz e honrado.
Recebo este prêmio, portanto, em nome do Brasil e do povo do meu país. Este prêmio nos alegra, mas, especialmente, nos alerta para a grande responsabilidade que temos.
Ele aumenta minha responsabilidade como governante, e a
responsabilidade do meu país como ator cada vez mais ativo e presente no
cenário mundial.
Tenho visto, em várias publicações
internacionais, que o Brasil está na moda. Permitam-me dizer que se
trata de um termo simpático, porém inapropriado.
O modismo é coisa
fugaz, passageira. E o Brasil quer e será ator permanente no cenário do
novo mundo.O Brasil, porém, não quer ser um destaque novo em um mundo velho. A voz brasileira quer proclamar, em alto e bom som, que é possível construir um mundo novo.
O Brasil quer ajudar a
construir este novo mundo, que todos nós sabemos, não apenas é
possível,mas dramaticamente necessário, como ficou claro, na recente
crise financeira internacional – mesmo para os que não gostam de
mudanças.
Meus senhores e minhas senhoras,
O olhar do mundo hoje, para o Brasil, é muito diferente daquele, de sete anos atrás, quando estive pela primeira vez em Davos.
Naquela época, sentíamos que o mundo nos olhava mais com dúvida do que esperança. O mundo temia pelo futuro do Brasil, porque não sabia o rumo exato que nosso país tomaria sob a liderança de um operário, sem diploma universitário, nascido politicamente no seio da esquerda sindical.
Meu olhar para o mundo, na época, era o contrário do que o mundo tinha para o Brasil. Eu acreditava, que assim como o Brasil estava mudando, o mundo também pudesse mudar.
No meu discurso de 2003, eu disse,
aqui em Davos, que o Brasil iria trabalhar para reduzir as disparidades
econômicas e sociais, aprofundar a democracia política, garantir as
liberdades públicas e promover, ativamente, os direitos humanos.
Iria,
ao mesmo tempo, lutar para acabar sua dependência das instituições
internacionais de crédito e buscar uma inserção mais ativa e soberana na
comunidade das nações.
Frisei, entre outras coisas, a necessidade de
construção de uma nova ordem econômica internacional, mais justa e
democrática.
E comentei que a construção desta nova ordem não seria
apenas um ato de generosidade, mas, principalmente, uma atitude de
inteligência política.
Ponderei ainda que a paz não era só um
objetivo moral, mas um imperativo de racionalidade. E que não bastava
apenas proclamar os valores do humanismo. Era necessário fazer com que
eles prevalecessem, verdadeiramente, nas relações entre os países e os
povos.
Sete anos depois, eu posso olhar nos olhos de cada um de
vocês – e, mais que isso, nos olhos do meu povo – e dizer que o Brasil,
mesmo com todas as dificuldades, fez a sua parte. Fez o que prometeu.
Neste
período, 31 milhões de brasileiros entraram na classe média e 20
milhões saíram do estágio de pobreza absoluta. Pagamos toda nossa dívida
externa e hoje, em lugar de sermos devedores, somos credores do FMI.
Nossas
reservas internacionais pularam de 38 bilhões para cerca de 240 bilhões
de dólares. Temos fronteiras com 10 países e não nos envolvemos em um
só conflito com nossos vizinhos. Diminuímos, consideravelmente, as
agressões ao meio ambiente. Temos e estamos consolidando uma das
matrizes energéticas mais limpas do mundo, e estamos caminhando para nos
tornar a quinta economia mundial.
Posso dizer, com humildade e
realismo, que ainda precisamos avançar muito. Mas ninguém pode negar que
o Brasil melhorou.
O fato é que Brasil não apenas venceu o
desafio de crescer economicamente e incluir socialmente, como provou,
aos céticos, que a melhor política de desenvolvimento é o combate à
pobreza.
Historicamente, quase todos governantes brasileiros
governaram apenas para um terço da população. Para eles, o resto era
peso, estorvo, carga.
Falavam em arrumar a casa. Mas como é
possível arrumar um país deixando dois terços de sua população fora dos
benefícios do progresso e da civilização?
Alguma casa fica de pé,
se o pai e a mãe relegam ao abandono os filhos mais fracos, e
concentram toda atenção nos filhos mais fortes e mais bem aquinhoados
pela sorte?
É claro que não. Uma casa assim será uma casa frágil, dividida pelo ressentimento e pela insegurança, onde os irmãos se vêem como inimigos e não como membros da mesma família.
Nós concluímos
o contrário: que só havia sentido em governar, se fosse governar para
todos. E mostramos que aquilo que, tradicionalmente, era considerado
estorvo, era, na verdade, força, reserva, energia para crescer.
Incorporar
os mais fracos e os mais necessitados à economia e às políticas
públicas não era apenas algo moralmente correto. Era, também,
politicamente indispensável e economicamente acertado. Porque só arrumam
a casa, o pai e a mãe que olham para todos, não deixam que os mais
fortes esbulhem os mais fracos, nem aceitam que os mais fracos
conformem-se com a submissão e com a injustiça. Uma casa só é forte
quando é de todos – e nela todos encontram abrigo, oportunidades e
esperanças.
Por isso, apostamos na ampliação do mercado interno e
no aproveitamento de todas as nossas potencialidades. Hoje, há mais
Brasil para mais brasileiros. Com isso, fortalecemos a economia,
ampliamos a qualidade de vida do nosso povo, reforçamos a democracia,
aumentamos nossa auto-estima e amplificamos nossa voz no mundo.
Minhas senhoras e meus senhores,
O que aconteceu com o mundo nos
últimos sete anos? Podemos dizer que o mundo, igual ao Brasil, também
melhorou?
Não faço esta pergunta com soberba. Nem para provocar
comparações vantajosas em favor do Brasil.
Faço esta pergunta com
humildade, como cidadão do mundo, que tem sua parcela de
responsabilidade no que sucedeu – e no que possa vir a suceder com a
humanidade e com o nosso planeta.
Pergunto: podemos dizer que,
nos últimos sete anos, o mundo caminhou no rumo da diminuição das
desigualdades, das guerras, dos conflitos, das tragédias e da pobreza?
Podemos
dizer que caminhou, mais vigorosamente, em direção a um modelo de
respeito ao ser humano e ao meio ambiente?Podemos dizer que interrompeu a marcha da insensatez, que tantas vezes parece nos encaminhar para o abismo social, para o abismo ambiental, para o abismo político e para o abismo moral?
Posso imaginar a resposta sincera
que sai do coração de cada um de vocês, porque sinto a mesma
perplexidade e a mesma frustração com o mundo em que vivemos.
E nós todos, sem exceção, temos uma parcela de responsabilidade nisso tudo.
Nos últimos anos, continuamos sacudidos por guerras
absurdas. Continuamos destruindo o meio-ambiente. Continuamos
assistindo, com compaixão hipócrita, a miséria e a morte assumirem
proporções dantescas na África. Continuamos vendo, passivamente,
aumentar os campos de refugiados pelo mundo afora.
E vimos, com
susto e medo, mas sem que a lição tenha sido corretamente aprendida,
para onde a especulação financeira pode nos levar.
Sim, porque
continuam muitos dos terríveis efeitos da crise financeira
internacional, e não vemos nenhum sinal, mais concreto, de que esta
crise tenha servido para que repensássemos a ordem econômica mundial,
seus métodos, sua pobre ética e seus processos anacrônicos.
Pergunto: quantas crises serão necessárias para mudarmos de atitude? Quantas hecatombes financeiras teremos condições de suportar até que decidamos fazer o óbvio e o mais correto?
Quantos graus de aquecimento global, quanto degelo, quanto desmatamento e desequilíbrios ecológicos serão necessários para que tomemos a firme decisão de salvar o planeta?
Meus senhores e minhas senhoras,
Vendo os efeitos pavorosos da
tragédia do Haiti, também pergunto: quantos Haitis serão necessários
para que deixemos de buscar remédios tardios e soluções improvisadas, ao
calor do remorso?
Todos nós sabemos que a tragédia do Haiti foi
causada por dois tipos de terremotos: o que sacudiu Porto Príncipe, no
início deste mês, com a força de 30 bombas atômicas, e o outro, lento e
silencioso, que vem corroendo suas entranhas há alguns séculos.
Para este outro terremoto, o mundo fechou os olhos e os ouvidos. Como continua de olhos e ouvidos fechados para o terremoto silencioso que destrói comunidades inteiras na África, na Ásia, na Europa Oriental e nos países mais pobres das Américas.
Será necessário que o
terremoto social traga seu epicentro para as grandes metrópoles
européias e norte-americanas para que possamos tomar soluções mais
definitivas?
Um antigo presidente brasileiro dizia, do alto de
sua aristocrática arrogância, que a questão social era uma questão de
polícia.
Será que não é isso que, de forma sutil e sofisticada,
muitos países ricos dizem até hoje, quando perseguem, reprimem e
discriminam os imigrantes, quando insistem num jogo em que tantos perdem
e só poucos ganham?
Por que não fazermos um jogo em que todos possam ganhar, mesmo que em quantidades diversas, mas que ninguém perca no essencial?
O que existe de impossível nisso? Por que não
caminharmos nessa direção, de forma consciente e deliberada e não
empurrados por crises, por guerras e por tragédias? Será que a
humanidade só pode aprender pelo caminho do sofrimento e do rugir de
forças descontroladas?
Outro mundo e outro caminho são possíveis. Basta que queiramos. E precisamos fazer isso enquanto é tempo.
Meus senhores e minhas senhoras,
Gostaria de repetir que a melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza. Esta também é uma das melhores receitas para a paz. E aprendemos, no ano passado, que é também um poderoso escudo contra crise.
Esta lição que o Brasil aprendeu, vale para qualquer parte do mundo, rica ou pobre.
Isso significa ampliar oportunidades, aumentar a
produtividade, ampliar mercado e fortalecer a economia. Isso significa
mudar as mentalidades e as relações. Isso significa criar fábricas de
emprego e de cidadania.
Só fomos bem sucedidos nessas tarefas
porque recuperamos o papel do Estado como indutor do desenvolvimento e
não nos deixamos aprisionar em armadilhas teóricas – ou políticas –
equivocadas sobre o verdadeiro papel do estado.
Nos últimos sete
anos, o Brasil criou quase 12 milhões de empregos formais. Em 2009,
quando a maioria dos países viu diminuir os postos de trabalhos, tivemos
um saldo positivo de cerca de um milhão de novos empregos.
O
Brasil foi um dos últimos países a entrar na crise e um dos primeiros a
sair. Por que? Porque tínhamos reorganizado a economia com fundamentos
sólidos, com base no crescimento, na estabilidade, na produtividade, num
sistema financeiro saudável, no acesso ao crédito e na inclusão social.
E
quando os efeitos da crise começaram a nos alcançar, reforçamos, sem
titubear, os fundamentos do nosso modelo e demos ênfase à ampliação do
crédito, à redução de impostos e ao estímulo do consumo.
Na crise
ficou provado, mais uma vez, que são os pequenos que estão construindo a
economia de gigante do Brasil.
Este talvez seja o principal
motivo do sucesso do Brasil: acreditar e apoiar o povo, os mais fracos e
os pequenos. Na verdade, não estamos inventando a roda. Foi com esta
força motriz que Roosevelt recuperou a economia americana depois da
grande crise de 1929. E foi com ela que o Brasil venceu preventivamente a
última crise internacional.
Mas, nos últimos sete anos, nunca agimos de forma improvisada. A gente sabia para onde queria caminhar. Organizamos a economia sem bravatas e sem sustos, mas com um foco muito claro: crescer com estabilidade e com inclusão.
Implantamos o
maior programa de transferência de renda do mundo, o Bolsa Família, que
hoje beneficia mais de 12 milhões de famílias. E lançamos, ao mesmo
tempo, o Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, maior conjunto de
obras simultâneas nas áreas de infra-estrutura e logística da história
do país, no qual já foram investidos 213 bilhões de dólares e que
alcançará, no final do ano de 2010, um montante de 343 bilhões.
Volto
ao ponto central: estivemos sempre atentos às politicas
macro-econômicas, mas jamais nos limitamos às grandes linhas. Tivemos a
obsessão de destravar a máquina da economia, sempre olhando para os mais
necessitados, aumentando o poder de compra e o acesso ao crédito da
maioria dos brasileiros.
Criamos, por exemplo, grandes programas
de infra-estrutura social voltados exclusivamente para as camadas mais
pobres. É o caso do programa Luz para Todos, que levou energia elétrica,
no campo, para 12 milhões de pessoas e se mostrou um grande propulsor
de bem estar e um forte ativador da economia.
Por exemplo: para
levar energia elétrica a 2 milhões e 200 mil residências rurais,
utilizamos 906 mil quilômetros de cabo, o suficiente para dar 21 voltas
em torno do planeta Terra. Em contrapartida, estas famílias que passaram
a ter energia elétrica em suas casas, compraram 1,5 milhão de
televisores, 1,4 milhão de geladeiras e quantidades enormes de outros
equipamentos.
As diversas linhas de microcrédito que criamos,
seja para a produção, seja para o consumo, tiveram igualmente grande
efeito multiplicador. E ensinaram aos capitalistas brasileiros que não
existe capitalismo sem crédito.
Para que vocês tenham uma idéia,
apenas com a modalidade de "crédito consignado", que tem como garantia o
contracheque dos trabalhadores e aposentados, chegamos a fazer girar na
economia mais 100 bilhões de reais por mês. As pessoas tomam
empréstimos de 50 dólares, 80 dólares para comprar roupas, material
escolar, etc, e isto ajuda ativar profundamente a economia.
Minhas senhoras e meus senhores,
Os desafios enfrentados, agora, pelo
mundo são muito maiores do que os enfrentados pelo Brasil.
Com
mudanças de prioridades e rearranjos de modelos, o governo brasileiro
está conseguindo impor um novo ritmo de desenvolvimento ao nosso país.
O mundo, porém, necessita de mudanças mais profundas e mais complexas. E elas ficarão ainda mais difíceis quanto mais tempo deixarmos passar e quanto mais oportunidades jogarmos fora.
O encontro do clima, em
Copenhague, é um exemplo disso. Ali a humanidade perdeu uma grande
oportunidade de avançar, com rapidez, em defesa do meio-ambiente.
Por
isso cobramos que cheguemos com o espírito desarmado, no próximo
encontro, no México, e que encontremos saídas concretas para o grave
problema do aquecimento global.
A crise financeira também mostrou
que é preciso uma mudança profunda na ordem econômica, que privilegie a
produção e não a especulação.
Um modelo, como todos sabem, onde o
sistema financeiro esteja a serviço do setor produtivo e onde haja
regulações claras para evitar riscos absurdos e excessivos.
Mas
tudo isso são sintomas de uma crise mais profunda, e da necessidade de o
mundo encontrar um novo caminho, livre dos velhos modelos e das velhas
ideologias.
É hora de re-inventarmos o mundo e suas instituições.
Por que ficarmos atrelados a modelos gestados em tempos e realidades
tão diversas das que vivemos? O mundo tem que recuperar sua capacidade
de criar e de sonhar.
Não podemos retardar soluções que apontam
para uma melhor governança mundial, onde governos e nações trabalhem em
favor de toda a humanidade.
Precisamos de um novo papel para os
governos. E digo que, paradoxalmente, este novo papel é o mais antigo
deles: é a recuperação do papel de governar.
Nós fomos eleitos para governar e temos que governar. Mas temos que governar com criatividade e justiça. E fazer isso já, antes que seja tarde.
Não sou apocalíptico, nem estou anunciando o fim do mundo. Estou lançando um brado de otimismo. E dizendo que, mais que nunca, temos nossos destinos em nossas mãos.
E toda vez que mãos humanas misturam
sonho, criatividade, amor, coragem e justiça elas conseguem realizar a
tarefa divina de construir um novo mundo e uma nova humanidade.
Muito obrigado."
Fonte: PT, com agências
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