sexta-feira, 22 de maio de 2009

Quem aprendeu primeiro?

Quem se lembra que em certa ocasião, próximo as eleições de 2006, fizeram uma forte campanha sobre uma suposta mala levada a um hotel, em São Paulo, sendo que acusavam membros do PT de levarem e depois outros saírem com uma mala, supostamente com dinheiro? Pois bem. a cena pode ser até parecida e daí vem a pergunta: Quem aprendeu primeiro? Como dizem que o chamado "mensalão" começou em Minas, quando da campanha do ex-governador Azeredo, do PSDB, então acho que quem aprendeu primeiro foi o PSDB e que depois fez escola.

document.write("Atualizada em 22/05/2009 às 05h09min"
Carlos Wagner carlos.wagner@zerohora.com.br

O PSDB gaúcho não identifica o homem capaz de esclarecer a polêmica entre o vice-governador Paulo Afonso Feijó e o tesoureiro da campanha da governadora Yeda Crusius, Rubens Bordini, sobre o conteúdo de uma mochila de academia de ginástica.Feijó diz que entregou a um motorista que trabalhava na campanha uma mochila com R$ 25 mil. Bordini diz que recebeu de um motorista a mochila com brindes, sem o dinheiro. Na tarde de ontem, durante entrevista na sede do PSDB, Bordini foi taxativo:– Não lembro quem foi o motorista. Não adianta me pressionarem. A hora que descobrir quem foi vou falar.No final da entrevista, Bordini mostrou-se irritado com a curiosidade sobre a identidade do motorista. O fato de a campanha de Yeda ter enfrentado dificuldades financeiras no primeiro turno e empregar um pequeno número de pessoas poderia facilitar a identificação. Um dos motoristas que atuaram no primeiro turno, Lucas Alves da Costa, 34 anos, trabalha hoje no Palácio Piratini dirigindo o carro de Tarsila Crusius, chefe da Ação Solidária do governo e filha da governadora. No final da tarde de quarta-feira, Zero Hora ouviu Costa. Ele disse:– Eu não transportei a mochila. A minha função era dirigir para a governadora. Também não sei quem fez.Costa não era o único motorista, informa Bercílio Silva, presidente estadual do PSDB na época da campanha. Além dos dois carros à disposição do partido, uma Meriva e um Fiat, segundo a versão do tucano, os militantes acabavam contribuindo com os seus veículos na campanha. Ele desconhece quem fez o transporte da mochila.

Funcionários do partido calculam que mais de 15 pessoas desempenharam a função de motorista, entre eles sargentos da Brigada Militar que prestavam serviço voluntário à então candidata a governadora. ZH visitou o comércio ao redor da sede do partido, restaurantes, postos de gasolina e outros serviços. Um dos comerciantes lembrou de um brigadiano gordo que trabalhou dirigindo veículos na campanha e que fazia refeições no seu restaurante.– Eles vinham aqui, eu sabia que eram motoristas pelas conversas. O número era variável. Às vezes vinham dois. Em outras, mais de cinco – disse.

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