Senador: com a renúncia e a desfiliação, o DEM está fora da crise
Luciana
Cobucci, Portal Terra
BRASÍLIA - O senador José Agripino
Maia (DEM-RN) afirmou nesta terça-feira que agora o partido não tem mais
envolvimento com a crise do Distrito Federal e que, para o Democratas, o
assunto está resolvido com a renúncia ao cargo de governador do DF e a
desfiliação de Paulo Octávio da legenda.
O governador interino do
Distrito Federal, Paulo Octávio, renunciou ao cargo nesta terça-feira,
alegando "falta de apoio político". A leitura da carta da renúncia
ocorreu no mesmo dia em que o político pediu desfiliação do DEM, partido
que o vice-governador disse ter ajudado a fundar no Distrito Federal. O
presidente da Câmara Legislativa, Wilson Lima (PR), assumirá o governo.
"Essa
é a última etapa do trabalho que o Democratas fez
para mostrar ao Brasil que a crise é do governo do DF, e não do DEM. O
partido tirou de seus quadros um governo mazelado que lamentavelmente
foi eleito pelo DEM", afirmou.
Paulo Octávio chegou
perto de renunciar na quinta-feira passada, reclamando da falta de apoio
para comandar o governo, mas recuou no último momento, alegando estar
atendendo a vários apelos que teria recebido de parlamentares,
autoridades e da população.
Ele
chegou a dizer que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também havia
feito um pedido para que continuasse, informação que foi desmentida pela
Palácio do Planalto e pela própria assessoria do governo, ao dizer que o
governador em exercício teria se confundido ao falar de improviso.
Entenda
o caso
O mensalão do governo do DF, cujos vídeos foram
divulgados no final do ano passado, é resultado das investigações da
operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal. O esquema de desvio de
recursos públicos envolvia empresas de
tecnologia para o pagamento de propina a deputados da base aliada.
O
governador José Roberto Arruda aparece em um dos vídeos recebendo maços
de dinheiro. As imagens foram gravadas pelo ex-secretário de Relações
Institucionais, Durval Barbosa, que, na condição de réu em 37 processos,
denunciou o esquema por conta da delação premiada. Em pronunciamento
oficial, Arruda afirmou que os recursos recebidos durante a campanha
foram "regularmente registrados e contabilizados".
As
investigações da Operação Caixa de Pandora apontam indícios de que
Arruda, assessores, deputados e empresários podem ter cometido os crimes
de formação de quadrilha, peculato, corrupção passiva e ativa, fraude
em licitação, crime eleitoral e crime tributário.
EU DIGO: Muito fácil, não é mesmo senador José Agripno? Essa história ainda vai render muitos capítulos. E como vai!
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