Oposição classifica de "mentirosa" fala de Dilma para petistas
da Folha de S.Paulo, em Brasília
da enviada especial da Folha de S.Paulo a Brasília
da enviada especial da Folha de S.Paulo a Brasília
Líderes do PSDB e do DEM classificaram de "mentiroso" trecho do discurso
da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) no lançamento de sua
pré-candidatura a presidente, anteontem em Brasília.
Ao defender uma participação forte do Estado na economia, ela deu a
entender que o governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso só não
privatizou Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal por que
não conseguiu. 'Aqui, o desastre [econômico] só não foi maior, como em
outros país, porque os brasileiros resistiram a esse desmonte', afirmou
ela.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que em nenhum
momento o governo FHC cogitou privatizar essas empresas.
"O que ela revela com isso é a cabeça de alguém que não teria
privatizado a Telebrás se fosse presidenta, e nós ainda estaríamos
colocando linha de telefone no IR", afirmou.
"Como boa aluna do mestre Lula, ela usa a mentira como arma essencial
para a busca de popularidade. Ignorar os efeitos anteriores é
desonestidade intelectual", disse o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
Para, o senador José Agripino (DEM-RN), Dilma confunde um Estado que
promova o bem-estar social com o Estado empreendedor.
"O que ela está querendo é passar para a sociedade que o Estado forte é
saída para o país fazer a distribuição de renda. Para isso, o Estado não
precisa ser empregador", disse, em referência ao crescimento de cargos
públicos criados pelo governo federal.
O presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), afirmou que o seu
partido, desde 2004, reconhece a importância da atuação do Estado "na
saúde, educação e segurança e na fiscalização e regulação da economia".
"O que não acontece agora, em que o governo desmonta o papel das
agências reguladoras", completou.
Outro ponto atacado pelos oposicionistas foi a troca de uma palavra no
discurso da ministra. No texto original estava escrito "reconstituindo o
Estado", mas ela disse "reaparelhando o Estado".
Para Arthur Virgílio, foi um ato falho, que revela a preocupação do PT
em inchar ainda mais a máquina pública. "Eu tenho que agradecer esse
alerta do seu subconsciente. Eu espero que ela nem reconstrua o Estado
velho nem aparelhe mais do que [o governo Lula] está aparelhando. Se não
vão ter que aparelhar até as crianças", afirmou o tucano.
O deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) também não poupou críticas ao
discurso da petista. "A Dilma vai derrotar o lulismo no Brasil. O povo
brasileiro não admite essa tese do Estado fiscalizante,
intervencionista, autoritário. O presidente Lula, vendo que não tinha
espaço para aplicar essas teses, absorveu o ideia do modelo de mercado"
Eles ainda não haviam sido lembrados disso e que poderia alguém ter nos arquivos.
Fiz questão de copiar a reportagem da Folha para nunca alguém dizer que eles neste blog não tiveram vez. Que acham?
Pedro Bueno.
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