Petista cresce cinco pontos em todas as regiões do
país
Faltando oito meses para as eleições nacionais de 2010, a diferença
entre José Serra (PSDB), e a candidata do PT Dilma Rousseff cai 10
pontos em relação à pesquisa de dezembro de 2009, quando
Serra
mantinha-se 14 pontos à frente da principal adversária. É o que revela
pesquisa do Datafolha com 2.623 brasileiros de 16 anos ou mais,
realizada nos dias 24 e 25 de fevereiro de 2010. A margem de erro
máxima, para o total da amostra, é de dois pontos percentuais, para mais
ou para menos.
Vale lembrar que nas situações investigadas com a apresentação dos nomes
dos candidatos com cartão, o Datafolha manteve Aécio Neves, uma vez que
ainda não foi definido oficialmente o nome do candidato do PSDB, não
obstante o governador de Minas Gerais tenha anunciado desistência da
disputa em 17 de dezembro de 2009.
No primeiro cenário observado, com o nome de Ciro Gomes pelo PSB, Serra
obtém
32% ante 28% de Dilma, enquanto em dezembro essa diferença era de
37% para 23%, respectivamente, diminuindo a diferença de 14 para quatro
pontos entre os dois. Já Ciro permanece estável (12%, ante 13% naquela
ocasião), bem como a taxa dos que votariam em Marina (8% nas duas
pesquisas), os que afirmam pretensão de anular ou votar em branco
(idênticos 9%), e os indecisos (iguais 10% nos dois levantamentos).
O crescimento de Dilma e a diminuição da distância em relação a Serra
podem ser analisados pelo desempenho dos dois candidatos por segmentos,
considerando o primeiro cenário.
Entre os homens, por exemplo, a candidata do PT
ganhou cinco pontos em
relação a dezembro, enquanto Serra
perdeu quatro, além de perder cinco
pontos
entre as mulheres. Já, nas faixas etárias mais jovens tanto
quanto nas mais velhas, enquanto
Dilma cresce, Serra perde força: o
peessedebista perde três pontos tanto entre os que têm até 24 anos
quanto entre os que têm entre 25 e 34 anos, ao passo que Dilma ganha
sete pontos entre os primeiros, e quatro entre os últimos. O movimento
se repete nas faixas etárias de 45 a 59 anos de idade (Serra perde nove,
Dilma ganha quatro pontos), bem como entre os que têm 60 ou mais (Serra
perde cinco, Dilma ganha sete pontos em relação a dezembro de 2009).
A análise pela escolaridade não muda: Serra perde cinco pontos entre os
que têm até o ensino médio, enquanto Dilma ganha seis entre os menos
escolarizados e cinco entre os que têm escolaridade média. Outros
destaques são verificados entre os brasileiros que residem no interior,
entre os quais Serra perde quatro pontos e Dilma ganha seis; entre os
que vivem no Nordeste e no Norte e Centro-Oeste, regiões em que Serra
perde seis pontos e a ministra ganha cinco.
Os únicos segmentos em que a petista não cresceu foram o dos mais
escolarizados (manteve a mesma taxa do levantamento anterior), e o dos
que têm maior renda familiar (onde caiu de 30% para 25%). Já Serra
cresceu três e seis pontos, respectivamente, nesses dois segmentos.
No segundo cenário testado com o nome dos dois principais adversários, e
sem o nome de Ciro Gomes pelo PSB, a vantagem de Serra sobre Dilma
é
ligeiramente maior: 38% ante 31%, mas vale notar que a distância entre
os dois também era maior em dezembro, quando obtiveram 40% e 26% das
citações, respectivamente. Marina, que teve 11% naquela ocasião, alcança
10% agora, os que declaram voto branco ou nulo somam 11% (igual ao
anterior) e indecisos, 10%, ante 11% no final do ano passado.
Essa situação também revela mudança de desempenho dos candidatos nos
segmentos. Embora Serra mantenha-se com percentual equivalente entre os
mais jovens, Dilma sobe sete pontos entre os que têm até 24 anos de
idade, e entre os que têm de 25 a 34 anos, Serra perde três pontos e
Dilma ganha cinco. Novamente, as maiores variações são verificadas nas
faixas etárias de 45 a 59 anos (menos sete pontos para o peessedebista, e
mais sete para a petista), e de 60 anos ou mais (menos dois para Serra,
mais sete para Dilma). Além disso, Serra oscila negativamente dois
pontos entre os menos escolarizados, enquanto Dilma cresce cinco, e
perde quatro entre os que fizeram até o ensino médio, enquanto a
candidata ganha sete.
Dilma também cresce na terceira opção testada junto aos brasileiros, que
inclui seu nome, o de Ciro, o de Marina, e Aécio pelo PSDB. Enquanto a
candidata do PT tinha 26% da preferência contra 21% de citações para
Ciro no levantamento anterior, os dois alcançam agora 30% e 21%,
respectivamente, aumentando a distância para nove pontos. Aécio é
mencionado por 13% (era 16% em dezembro), e Marina por 11%, mesmo
percentual atingido naquela ocasião. Votariam em branco ou anulariam o
voto diante desta hipótese 13%, enquanto 12% declaram não saber em quem
votariam.
No quarto cenário investigado, ainda com o nome do governador de Minas
Gerais mas sem o de Ciro pelo PSB, Dilma venceria com 34%, Aécio teria
18%, e Marina, 15%. As taxas são equivalentes às observadas em dezembro
passado: 31%, 19% e 16%, na ordem. Declaram votar em branco ou nulo 18% e
revelam-se indecisos 15%, as maiores taxas de ambos entre as situações
estimuladas.
Fonte Datafolha.
Eu opino: Seria este último tópico o motivo do PSDB ainda ter o Serra como seu candidato e ovendo a todo instante fazendo "beicinho"? Com Aécio no lugar de Serra, portanto, tudo perdido.
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