Blog do Fernando Rodrigues - UOL Notícias: "09h08 - 07/12/2009
“Continuar não é repetir”, diz Dilma como candidata
l Ministra praticamente assume pré-candidatura em entrevista
l Próximo governo “muda o patamar de onde se partiu” com Lula
l Para ela, há uma “imensa dificuldade de uma 3a via em 2010”
l “As razões para ter aumento de juros a gente não está vendo”
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata do PT a presidente da República, disse hoje (7.dez.2009) em entrevista à rádio Jovem Pan que o próximo governo mudará “o patamar de onde se partiu”. Para ela, “continuar não é repetir”. Aqui, o áudio na íntegra.
Sem negar que já seja candidata do PT à sucessão de Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra deu indicações de qual será o tom da campanha de 2010. Confirmou que o mote eleitoral possível é o que vem repetindo nas propagandas regionais do PT: 'É possível avançar ainda mais. O presidente Lula já nos ensinou o caminho'.
Indagada sobre quem prefere que seja o candidato do PT para o governo de São Paulo para ajudá-la na campanha presidencial, respondeu sem negar que seja candidata. Entrou diretamente no assunto.
“Eu acredito que esse processo é um processo que apenas se iniciou” respondeu Dilma sobre a sucessão ao governo paulista e sobre quem a beneficiaria mais na disputa pelo Planalto. O PT tem vários nomes: Antonio Palocci, Marta Suplicy, Emídio de Souza, Eduardo Suplicy, Arlindo Chinaglia e Fernando Haddad. Há também a possibilidade de Ciro Gomes (PSB) ser o nome apoiado pelos petistas.
Embora tenha finalizado afirmando que preferia “passar” essa pergunta, Dilma fez antes uma reflexão a respeito. Ao ser confrontada com a lista de nomes do PT para a disputa paulista, respondeu: “Depende. Hoje, nós temos uma preferência, basicamente, o presidente Lula tem uma preferência inequívoca por Ciro Gomes [para disputar o governo paulista] Esse é um processo que ainda tem muitas incógnitas (...) Depende de como isso vai se desdobrar daqui até março para que gente possa ver como vai fechar essa equação. (...) É difícil eu dizer que prefiro A ou B. Tenho amigos... Inclusive o ministro Ciro Gomes [a quem] tenho na lista de dileto amigo”. Para Dilma, agora, seria prematuro “externar quem seria o melhor nome” para representar o PT na eleição estadual em São Paulo –e para ajudá-la na disputa ao Planalto.
Durante a entrevista, a ministra também foi perguntada diretamente se o atual escândalo chamado de “mensalão do DEM”, em Brasília, ajudaria a candidatura dela a presidente.
Novamente sem negar que esteja em campanha ou que seja candidata, Dilma respondeu não acreditar “que uma candidatura se constrói de maneira negativa, sobre os erros dos outros”.
Quando o assunto foi a possível candidatura de Ciro Gomes ao Palácio do Planalto, Dilma declarou enxergar uma “imensa dificuldade de uma 3a via em 2010”. Disse que “é inequívoco que o governo terá uma candidatura em 2010”, mas que deve “haver um nível de afunilamento” nos nomes apresentados.
“A candidatura que o presidente apoiar” será a candidatura que “representará esse pólo” de poder hoje representado pelo PT no Planalto. Disse que ser candidato a presidente para representar esse grupo “não é questão de vontade política” e que haverá “uma dinâmica polarizada”.
A ministra falou um pouco sobre economia. Para ela, “não existe a menor possibilidade de a gente achar que a inflação saiu do controle”. Por esse motivo, “as razões para ter aumento de juros a gente não está vendo”. Foi um recado sobre como deseja a política monetária daqui para frente –repetindo a eterna fricção entre o Planalto e o Banco Central a respeito de qual seria o patamar ideal para a taxa de juros.
Dilma sinalizou, como já seu costume, que a fase do Estado mais presente na economia está de volta para ficar. Disse que nas últimas décadas “o país não tinha estrutura de realização”. Para ela, “parou-se de fazer projeto no Brasil” porque vigorava o conceito segundo o qual “planejar era algo dinosáurico”. O governo precisa, segundo ela, “estabelecer metas, procedimentos claros” e não deixar a necessidade de conter o déficit “decidir” sobre como fazer os investimentos.
Tudo registrado, Dilma Rousseff está mais candidata a presidente do que nunca."
No momento em que a Minsitra começar a andar pelo Brasil sozinha, dar entrevistas como essa em miores quantidades, pois ela será uma das mais procurads pela imprensa ávida de noticis diferentes,seu nome será mais conhecido do que até agora. Ela ainda não paricipou de programas de auditórios, conforme Serra.
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