domingo, 21 de março de 2010

Pedro, os as coisas mudaram



É Pedro Pedreiro, hoje você é quem manda.

ASSUNTO BEM CURTINHO.

Lembro-me no finalzinho dos anos 40, quando estando na cidade de Cruzeiro, SP, eu menino, ainda, quando via a chegada do trem, esse movido com máquina a óleo disel, falo isso para distinguir que para Varginha MG, cidade onde se desembarca para depois ir para Eloi Mendes, já que para minha terra ainda era “Maria Fumaça”. Então, não fugindo do curtinho assunto, era de que o tal trem quando parava na estação de Cruzeiro o pessoal o chamava de “o trem baiano”, tudo para se referir de que se tratava de gente que vinha do interior baiano caminhando para tentar a vida em São Paulo.

Mais tarde, o que mais eu ouvia falar era dos “paus de araras”, os caminhões que vinham de várias localidades do norte/nordeste. Gente que fugia da pobreza, da miséria mesmo.

Hoje em pouquíssima escala, se comparado a um passado não tão distante, não se escuta ninguém mais falar desses tipos de transportes aqui pelo sudeste.

Sim, não restam duvidas que as ações do governo para aqueles estados do norte e nordeste estão pondo fim a essa migração que foi benéfica por um lado (para São Paulo, por exemplo), mas carreou mais ainda muita pobreza para os bolsões da miséria que rondam as grandes metrópoles.

Hoje se pode dizer, acho eu, sem nenhum dado estatístico, de que esses bolsões tiveram origem nesta imensa migração, mas agora são mesmo formados pelos nativos dessas grandes cidades.

Como o assunto era mais sobre “o trem baiano”, não posso esquecer de que aqui mesmo pelo sudeste a migração para os grandes centros eram de gente vindas das roças mineira e de outros estados mais próximos de cidades como São Paulo, Belo Horizonte e outras mais, com formação de bolsões enormes. Também de pequenos proprietários de terras que devido o tamanho da família não tinham com dar sustento aos seus.

O que me fez lembrar primeiramente do trem baiano? É que lendo e ouvindo noticias sobre custos da construção civil, um dos componentes da planilha o que mais tem afetado essa alta é a mão de obra. Não se encontra com facilidade gente do ramo de pedreiro, ladrilheiros, encanadores e por aí vai e assim sendo, essa mão de obra hoje está sendo “comprada” a peso de ouro. Então, com sinceridade, o que o atual governo, principalmente tem feito de beneficio para aquela gente do norte e nordeste tem prendido mais em seus próprios lugares, que tem tido algum, ou melhor, bom desenvolvimento. Aos do sudeste, as pequenas propriedades tem tido quase que tudo de benefícios por parte de ações governamentais e com isso sua gente tem ficado nas suas terras.

Portanto, que as grandes cidades que tratem de dar incentivos e muita orientação para os seus afim de que esse mercado não fique sem mão de obra. Com uma observação: Dilma ganhando haverá a continuidade da política de ajuda aos menos favorecidos lá dos estados mais pobres. A economia por lá continuando a crescer, quem sabe em Cobrobobó também terá que fazer o mesmo que hoje ocorre em grandes centros: Se virar para ter gente preparada e ganhando bem.

21/3/2010

Pedro Bueno.


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