sábado, 10 de julho de 2010

Afinal, qual é a de Serra?

  1. "Não sai o DEM e nem saio eu", afirma Álvaro Dias.
    1. Pressionado pelo DEM, Serra anuncia deputado Indio da Costa como vice
Numa situação meio que estranha, agora Serra faz inúmeras promessas de mudanças disso e daquilo, sempre mostrando que tais benesses que antes chamava de esmola, será possível aumentar sem qualquer problema.
Não podemos nos esquecer que há bem poucos meses disse que mexeria no Banco Central, fazendo comparação com o do Chile e depois foi defenestrado até mesmo por comentaristas em economia, seus partidários, de que no Chile era bem diferente do que ele, Serra, propagava.
Mexer em juros da forma simplista que agora ele diz, dá a entender de que tudo o que o Presidente do PSDB dissera à revista Veja era de fato uma filosofia de Serra e não propriamente do senador Guerra.

E o senador Álvaro Dias meio que desanimado tenta dar uma justificativa sobre seu defenestramento;

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Quando Serra fez a barba do Barbeiro...



Taí, atacar Serra em São Paulo dá nisso. Heródoto criticou o valor do pedágio nas rodovias paulistas e Serra não gostou do comentário e fez a barba do Barbeiro, tirando-o do comando do programa Roda Viva.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Sempre uma pena.

Sempre uma pena vermos gente como no caso do jogador do Flamengo, Bruno, estar envolvido em episódios tão lamentáveis, principalmente quando nele se vislumbrava uma carreira promissora e vencedora.

Sua situação a cada noticiário torna-se pior. Nada leve crer que realmente não seja a peça principal do ocorrido. (tomara que não), mas também até o momento não se tem como acreditar na sua inocência.

Tudo que ocorre com pessoas que subiram na vida, mas de maneira desestruturada, sem quem o aconselhasse de fato, de um momento para outro se imagina como um deus, um ser intocável. Afinal nem todo mundo tem o prazer de se sentir um “ídolo” de uma das maiores torcidas do país. De fato não é mesmo para todos. Há de ser bom naquilo que faz nos gramados e ainda mais vestindo “o manto sagrado” do Flamengo.

Mas como serão mesmo os acontecimentos num ambiente futebolístico, onde me parece que todos estão lá para ganhar o seu e muito mais que possa. Jogadores bons de bola, mas sem muita experiência de vida, sem que tivesse um lar que lhe desse uma educação por mais primaria que fosse, sempre será “um peixe inocente” a ser fisgado por gente interesseira, ansiosos para usufruir o máximo que esse jogador possa render.

Disseram-me que o dia dia num Club de futebol há sempre aqueles que para lá fazer seus negócios, oferecendo brinquinhos, carros novos último tipo, roupas de grifes etc., além dos já famosos negociadores de “passes de jogadores”. Enfim, deve ser uma guerra de interesses em cima de um bom jogador, que poderá render sempre algum trocado ou grandes trocados.

O menino que teve uma infância difícil, sem quem o aconselhasse para a vida, de repente se vê diante do sucesso, dinheiro não lhe faltando, grandes elogios da mídia, tapinhas nas costas e enfim belas mulheres lhe assediando e esse acreditando de que além de ser um grande jogador de futebol, também se sente um galã de novela. Daí as mudanças bruscas de comportamento, sente com poder, que tudo que fala e faz seja interpretado como fato e aí começa o declínio. Seu envolvimento com pessoas de pouco crédito lhe criará problemas quase que insolúveis.

Que esse caso Bruno seja mais uma lição para aqueles meninos que precocemente se tornaram celebridades e com altos recursos financeiros.

Felizmente nesse meio do futebol temos grandes exemplos positivos para falarmos e dedicar-lhes nossa admiração: Zico, Júnior, Bebeto, Cafu, Marcos (Palmeiras) e muitos outros mais tanto do passado como do presente. O que nos preocupa são os que ainda não se deram conta de que devem sempre mirar nos grandes ídolos de fato.

Pedro Bueno.

8 de julho de 2010.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

FHC surpreso com a indicação do Vice de Serra

Fonte blog de Ricardo Noblat -
7.7.2010
| 16h09m

'O que é isso?' - perguntou Fernando Henrique

Na véspera da escolha do deputado Indio da Costa (DEM-RJ) para vice de José Serra, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi convocado pelos tucanos mais emplumados para acalmar os ânimos do DEM e fazê-lo engolir a candidatura do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) a vice.

Fernando Henrique suou à camisa ao telefone para dar conta da tarefa. À noite, antes de ir dormir, telefonou para o senador Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB, e avisou:

- Bem, fiz tudo que pude, está tudo bem encaminhado e como sou um homem de 80 anos, agora vou dormir.

No dia seguinte ocupou-se com seus papéis e tarefas corriqueiras. À tarde, pela imprensa, soube da escolha de Indio. Telefonou novamente para o presidente do seu partido e perguntou?

- O que é isso?

Antes de fechar com Indio, Serra convidou para vice o ex-prefeito do Rio de Janeiro Cesar Maia. Que agradeceu e declinou do conv
[Folha de S. Paulo] 07/07/2010 Alckmin propõe rever tarifa de pedágio e irrita tucanos

Infelizmente não consegui abrir toda a matéria.

Ao protocolar discursos, Serra assume ser candidato sem projeto

06
Jul
2010

A campanha de Dilma Rousseff (PT) jogou um balde de água fria em setores da esquerda ao trocar seu programa inicial protocolado no TSE por uma versão "amenizada" (leia mais aqui). Mas a campanha de José Serra (PSDB) fez coisa muito pior. Às pressas, compilaram dois discursos do presidenciável tucano e protocolaram como se fosse o plano de governo do candidato. Com o gesto, confirmaram, na prática, o que os analistas vem apontando a tempos: a oposição de direita não tem um projeto para o Brasil.

Vermelho.org

O documento de 13 páginas traz a íntegra dos discursos feitos por Serra no encontro nacional do PSDB, DEM e PPS, realizado no dia 10 de abril, em Brasília (DF), e na convenção nacional do partido, em Salvador (BA), no dia 12 de junho. De acordo com o PSDB, o documento atende aos requisitos definidos pelo TSE, que pede que o programa básico da campanha esteja anexado aos documentos de registro.

Nos discursos, Serra formula pouquíssimas propostas concretas. A maior parte de suas falas dedicam-se à análise de conjuntura. Serra ataca o governo federal, fala de suas origens, e compara, veladamente, o presidente Lula ao rei francês Luís 14, cujo lema era "o Estado sou eu".

A coordenação da campanha de Serra não deu nenhuma explicação à imprensa sobre o motivo de ter protocolado os discursos como sendo as diretrizes do plano de governo.

O advogado do PSDB Ricardo Penteado, por sua vez, nega que tenha havido falta de tempo para elaborar um documento específico. "Chegou-se à conclusão de que os discursos já continham essas diretrizes", disse.”
Matéria Completa, ::Aqui::

terça-feira, 6 de julho de 2010

Panorama Politico - O Globo

Primeiras estorias de terça

Posted: 06 Jul 2010 02:55 AM PDT


(Panorama Político, Globo, terça-feira 06/07)

Mudar a Constituição para reeleger a si mesmo, sem ao menos fazer um plesbiscito, aí pode, né? Eu tenho, porém, uma idéia para a oposição. Impor a lei da mordaça para o presidente da república. Como qualquer fala sua pode ser interpretada como "propaganda antecipada", o melhor é censurá-lo totalmente. O presidente deve se manter de boca fechada (como bem se expressou Madame Quirrô) durante os 24 meses que antecedem as eleições. Como temos eleições de dois em dois anos, o presidente deverá permanecer em silêncio eterno. Não poderá sequer escrever ou publicar nada. Apenas seu olhar suplicante, ou alegre, ou triste, ou desesperado, será permitido. Assistiremos, então, o presidente mostrar-se na TV por longos e silenciosos minutos, fazendo pequenos e sutis movimentos de sobrancelha (haverá polêmica, naturalmente, se também estes gestos não constituiriam propaganda), esgares com a boca, alguns sorrisos discretos e constrangidos e, claro, o olhar profundo, terno, bondoso, paternal (que igualmente será alvo constante de críticas da oposição).

Acho ainda que a oposição está sendo demasiado branda quando pede "cassação" e "inelegibilidade" para o presidente que fizer propaganda antecipada. É melhor que se imponha logo a pena de morte, antecedida por sessões públicas de tortura, com empalamento, exibidas ao vivo pelas redes abertas de televisão.

*


(Ainda no Panorama)

O PSDB está tendo bastante sucesso na compra de ativos podres do lulismo. Conseguiram Maluf, Roberto Jefferson... acabam de faturar o Roriz. E agora, no Pará, venderam o DEM para adquirir um Jader Barbalho. Quem sabe os tucanos, com um pouco de esforço, não conseguem um bom preço pelo Collor? O Sarney, assim que terminar seu mandato como presidente do Senado, deverá estar novamente disponível. Só não pode brigar com DEM, ai ai ai, isso é feio, meninos. Já não tinham feito as pazes?

*

(Panorama, novamente)

Eu já ficara sabendo desses pendores monárquicos por parte de nosso silvícola-mor pelo blog do Brizola. Fico feliz que a grande imprensa também tenha dado atenção ao fato. Mas não quero ser maldoso como os vilõeszinhos do Graeff. Nosso índio apoia o abaixo-assinado, e não as idéias do autor do abaixo-assinado. Mesmo assim, a notícia revela um pouco do universo político deste representante da "juventude". Em vez de se preocupar com problemas menores como transporte gratuito para os estudantes, o jovem deputado combate em trincheiras muito mais caras à juventude, como esta campanha contra a devolução do canhão El Cristiano ao Paraguai.

Curioso, entrei no Facebook do parlamentar e supreendi-me. Eis um jovem voltado para as grandes causas da humanidade! Trata-se mesmo de um cosmopolita de alto nível, pois só apoia causas escritas em inglês. Seu Facebook informa ainda, entre parênteses, o valor que o deputado doou para cada uma: Stop Global Warming ($41,462 donated), THE RACE TO END CANCER ($75,708 donated), End Child Prostitution ($29,934 donated), No More Plastic Bags ($533 donated), Stop Animal Cruelty ($96,351 donated), etc. Só tem uma escrita em português: Turismo-uma solução para o desenvolvimento sustentável ($100 donated). Ainda não estou 100% seguro, todavia, que os valores ali mostrados são realmente as doações feitas pelo candidato. Agora entendo porque ele quis proibir a esmola. É para que as pessoas possam guardar dinheiro para doá-lo a ongs norte-americanas e européias.

Tenho a impressão que o deputado apóia as mesmas causas apoiadas pela Hebe Camargo. Na realidade, eu começo a achar que se ele tivesse um pouco mais de dinheiro, poderia ser vice também da Marina Silva.

O direito de saber

Posted: 05 Jul 2010 09:02 AM PDT

  • Analista do Estadão confirma o que eu disse:
  • Quais seriam as razões dessas diferenças de comportamento eleitoral entre os sexos? A resposta parece estar mais no desconhecimento de Dilma por parte do eleitorado feminino do que em uma maior rejeição das mulheres à sua candidatura. É 50% maior o grau de desconhecimento de Dilma entre as mulheres do que entre os homens (12% a 8%).
  • Procuradora perde o decoro e revela baixos sentimentos políticos quando afirma, em entrevista ao Estadão, que:
  • Não sou eu quem multa, Lula é que não consegue ficar com a boca calada.

A declaração de dona "Quirrô" é estarrecedora. O Tijolaço já teceu alguns comentários pertinentes sobre o caso; eu também tenho algo a dizer.

Em primeiro lugar, a procuradora infringiu uma regra básica: faltou com o decoro. A maneira desrespeitosa com a qual tratou o presidente da república deixou transparecer truculência, preconceito e parcialidade. Quem não sabe guardar o devido silêncio não é o presidente, e sim a procuradora, porque ele é um agente político; não apenas tem o direito de falar - tem a obrigação e o dever de falar, porque através de suas falas, ele representa aqueles que nele votaram e que ainda o apóiam. A procuradora é que deve manter silêncio, e se pronunciar somente através dos autos dos processos, porque ela não representa politicamente ninguém e deveria saber que suas palavras dão margem a interpretações.

Ao se referir ao presidente Lula com termos agressivos numa entrevista que, sabe ela, será lida por milhões de brasileiros, a procuradora dá subsídios para a oposição e pratica propaganda negativa. É a suprema ironia. Ao mesmo tempo em que acusa o presidente de falar "demais" e, com isso, fazer propaganda, ela mesma "fala demais" e faz propaganda.

A senhora Sandra Cureau tem uma visão tacanha e criminalizante da política, que não apenas traz instabilidade ao processo eleitoral como flerta explicitamente com violações absurdas das liberdades civis. Ninguém tem o direito de mandar o presidente calar a boca. Se ela acha que o presidente cometeu alguma infração, registre o feito e o envie para julgamento do Tribunal Superior Eleitoral, mas não emita juízos antecipados.

Ela pode ser xerife para os infelizes que trabalham com ela, mas não a considero xerife da MINHA LIBERDADE DE EXPRESSÃO, nem tampouco da liberdade do presidente da república, de falarmos o que quisermos. Ela é uma fiscal, não uma juíza. Claro, mesmo sendo apenas fiscal, ela pratica inevitavelmente juízo de valor, ao escolher ou não sobre o que irá representar. Por isso mesmo, todavia, deve exercer seu ofício com o máximo de reserva, evitando qualquer declaração à imprensa que resulte num factóide político com vistas a prejudicar a imagem de algum candidato.

A visão de dona Quirrô é anacrônica, porque se apega exclusivamente aos aspectos mais reacionários da lei eleitoral. A tendência, nas democracias contemporâneas, é a liberdade. As tecnologias de comunicação abriram as comportas e derrubaram os muros naturais que impediam o acesso dos cidadãos às informações políticas. É ridículo e deprimente assistir autoridades eleitorais tentando reprimir a liberdade de expressão do presidente da república. O esforço deve ser no sentido de verificar se há uso de recursos públicos em benefício de algum candidato; multar, porém, o presidente apenas porque usou o termo "sequenciamento" em público é um intolerável precedente contra a liberdade de expressão, não apenas do presidente, mas de todo cidadão brasileiro.

O próprio relator das regras para as eleições deste ano, o ministro do TSE, Arnaldo Versiani, declarou em maio deste ano:

Em linhas gerais, sou amplamente favorável a qualquer espécie de propaganda.

Na verdade, a fúria policial com que Sandra Cureau e colegas, apoiados fanaticamente por setores da imprensa, estão agindo, é altamente nociva à democracia e a prova disso é que, a poucos meses das eleições presidenciais, a maioria dos brasileiros encontra-se em estado de rude ignorância sobre quem são os candidatos e que forças políticas eles representam.


Ao cabo, todo este cerceamento acaba prejudicando principalmente as faixas mais humildes da população, que não tem acesso a blogs políticos, nem lêem jornais. Ela, Sandra Cureau, sabe muito bem em quem vai votar: se gosta de Lula, votará em Dilma; senão gosta, votará em Serra. E o pobre, não tem direito de saber?

Depois da Globo, Folha sente a força do Twitter

05/07/2010

Do já batido "Cala a boca, Galvão", a um erro de inserção publicitária do jornal Folha de S.Paulo. Parece não importar mais o teor do assunto, mas, sim, o grandioso impacto que os famosos 140 caracteres do Twitter têm sobre grandes grupos de mídia. De forma rara na história da mídia brasileira, TV e jornal impresso cederam ao boca a boca, que cresce cada vez mais na era digital.

Após fazer com que a Globo reconhecesse - e apoiasse - o movimento que zombava seu principal locutor esportivo, dessa vez foi a Folha que teve de considerar a rede de microblogs. O erro na inserção de anúncio do supermercado Extra (relembre) rendeu texto publicado no último domingo por Suzana Singer, ombusdman, que fez jus ao cargo (criticar o jornal). "O que parece óbvio para muitas empresas é uma pequena revolução na Barão de Limeira.A Folha costumava ter uma atitude estoica diante dos bombardeios que sofre no mundo digital".

Suzana se refere à mudança de postura frente à opinião que se dissipa na internet. O erro da inserção publicitária ocupava pequeno espaço no jornal e "teria passado sem tanta repercussão não fosse o Twitter", segundo ela própria. Porém, a gafe se espalhou rapidamente pela rede de 10 milhões de brasileiros, motivou protestos, e até gerou crítica de Abílio Diniz, dono do grupo Pão de Açúcar, ao qual o Extra pertence.

A confusão foi grande. Suficiente para que virasse notícia em sites na internet e chegasse até o jornal inglês The Guardian, que relatava o fato a seus leitores ao título "Anúncio de jornal elimina Brasil das finais". "Isso sim é hardnews!", disse a ombudsman, ao comentar que um erro de inserção publicitária ganhou status de notícia. Se não houvesse internet, dificilmente 140 caracteres teriam tanto poder assim.

Diante do fuzuê, a Folha encarou o problema. Além de se desculpar oficialmente, se pronunciou aos que comentavam pelo Twitter de forma a ilustrar a tal nova postura do impresso, que há menos de três meses criou o cargo de editor de mídias sociais. "O jornal precisa se fazer ouvir e dialogar também no ambiente das mídias sociais", afirma a Secretária de Redação da Folha em declaração no texto de Suzana Singer.

Jornalismo na discussão

Para o professor de jornalismo da PUC, Marcos Cripa, o uso de novas tecnologias deve ser usado em prol da sociedade. "Precisamos estar atentos à utilização. Quando vem no sentido da democratização, é bom", afirma em reconhecimento à rapidez de ferramentas sociais. Porém, defende também que o diálogo direto entre mídia e sociedade deveria ser prática comum, independente de tecnologia. "A tecnologia por si só não resolve. É cunha para abrir mais a discussão. Mas isso já deveria ter sido feito independente de computador".

Na PUC, o professor informa que a escola de jornalismo tem a preocupação com novas mídias, mas alerta para a importância dos princípios básicos da profissão. "Temos que estar preocupados com a ética, responsabilidade, ouvir pessoas corretas. Isso a tecnologia não resolve".

Por Marcelo Gripa
Fonte Andnews

segunda-feira, 5 de julho de 2010

CBN - A rádio que toca notícia - Merval Pereira

CBN - A rádio que toca notícia - Merval Pereira

Veremos, Merval! Muita enrolação e pouco resultado prático a ser seguido, mas como é o Merval, sempre bom gravar. Quem não se lembra quando ele vibrou quando o Sr. Monte Negro disse que o PT acabou? Foi no meio do ano de 2009, salvo engano. Que Dilma pouco conseguiria uns 20% de votos e hoje se iguala a Serra que naquela ocasião estava com mais de 23% à frente de Dilma.

domingo, 4 de julho de 2010


Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)

Serra faz propaganda enganosa usando o FAT e o Seguro Desemprego

Posted: 04 Jul 2010 05:52 AM PDT

domingo, 4 de julho de 2010

A campanha de José Serra (PSDB) tem batido na tecla de que foi ele o responsável pela emenda à Constituinte que propiciou a criação do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e que ele também teria sido o grande responsável pela criação do Seguro Desemprego. “Foi o Serra que criou o maior patrimônio dos trabalhadores brasileiros, o FAT, Fundo de Amparo ao Trabalhador. Ele criou também o Seguro desemprego”, repetiu várias vezes o locutor do programa do PSDB, levado ao ar esta semana na TV.
Ele mesmo também não se cansa de alardear aos quatro cantos. “Fui o autor da emenda à Constituição brasileira que instituiu o que veio a ser o Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FAT”. “O Fundo, hoje, é o maior do Brasil e é patrimônio dos trabalhadores brasileiros, e financia o BNDES, a expansão das empresas, as grandes obras, os cursos de qualificação profissional, o salário dos pescadores na época do defeso”, diz. “Graças ao FAT, também, tiramos o Seguro Desemprego do papel e demos a ele a amplitude que tem hoje”, repetiu o tucano na Convenção Nacional do PTB.
Mas, a realidade dos fatos não confirma as afirmações de José Serra e nem as de sua campanha. O Seguro Desemprego não teve nada a ver com sua atuação parlamentar. Ele foi criado pelo decreto presidencial nº 2.283 de 27 de fevereiro de 1986, assinado pelo então presidente José Sarney. O seguro começou a ser pago imediatamente após a assinatura do decreto presidencial. O ex-presidente José Sarney já havia desmentido as declarações do tucano em relação ao Seguro Desemprego. “Não sei de onde ele [Serra] tirou que criou o seguro-desemprego. O seguro foi criado no meu governo. Na época, ele [Serra] era secretário de Economia e Planejamento do governador Franco Montoro”, explicou o senador.
Depois, a Constituição Federal, promulgada em 5 de outubro de 1988, determinou em seu art. 239, que os recursos provenientes da arrecadação das contribuições para o PIS e para o PASEP fossem destinados ao custeio do Programa do Seguro Desemprego, do Abono Salarial e, pelo menos quarenta por cento, ao financiamento de Programas de Desenvolvimento Econômico, esses últimos a cargo do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES.
Fomos então pesquisar a data exata da criação do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) já que Serra diz que foi uma emenda sua que propiciou a criação do fundo. Está lá nos anais da Câmara. O FAT foi criado pelo Projeto de Lei nº 991, de 1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB-RS). O projeto diz textualmente: “DISCIPLINA A CONCESSÃO DO SEGURO DESEMPREGO, NA FORMA QUE ESPECIFICA, E DETERMINA OUTRAS PROVIDÊNCIAS. NOVA EMENTA: REGULA O PROGRAMA DO SEGURO DESEMPREGO, O ABONO SALARIAL, INSTITUI O FUNDO DE AMPARO AO TRABALHADOR - FAT, E DA OUTRAS PROVIDENCIAS”.
Como José Serra seguia insistindo em afirmar que foi ele o autor da lei que criou o FAT, fizemos então uma extensa pesquisa nos arquivos da Câmara dos Deputados da década de 80 e 90. Lá confirmamos que José Serra não está falando a verdade. Ele apresentou o projeto de lei nº 2.250, de 1989, com o objetivo de criar o Fundo de Amparo ao Trabalhador. Foi apresentado em 1989. Portanto, não foi na Constituinte, como ele diz. O seu projeto tramitou na casa e foi considerado PREJUDICADO pelo plenário da Câmara dos Deputados na sessão do dia 13 de dezembro de 1989. O resultado da tramitação pode ser visto aqui no link da Câmara Federal. Os deputados consideraram o projeto prejudicado pelo fato de já ter sido apresentado o PL 991/1988, de autoria do deputado Jorge Uequed (PMDB). Ou seja, um ano antes de Serra já havia a proposta de criação do FAT.
Nem o FAT foi criado por Serra e nem o Seguro Desemprego “saiu do papel” por suas mãos, como afirma a sua propaganda. A campanha tucana sobre Serra ter criado o FAT e “vestir a camisa do trabalhador” está, portanto, toda ela baseada numa farsa e numa mentira.
Sérgio Cruz/Hora do Povo

By: Os Amigos do Presidente Lula

Postado por zcarlos às Domingo, Julho 04, 2010

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Matéria publicada por Leda Ribeiro (Colaboradora do Blog)

Na novela do vice, PSDB e DEM saíram perdendo

O desfecho do processo de escolha do candidato a vice-presidente na chapa do PSDB não teve propriamente vencidos e vencedores. Todos perderam.

É claro que a visão da superfície é a de que José Serra cedeu ao DEM ao aceitar um demista como vice. O DEM ganhou, então, certo? Não, errado.


Não ganha quase nada um partido que vê um deputado federal seu de pouca expressão ser colocado no papel de vice. O DEM não teve a menor influência na escolha do nome de Índio da Costa. A conjuntura –não controlada pelos demistas– é que desembocou em Índio.

Terminada a novela “Álvaro, l breve”, o PSDB e o publicitário Luiz Gonzalez à frente queriam encontrar alguém “filiado ao DEM, que tivesse a imagem de honesto e fosse uma novidade”, nas palavras de um tucano. Outro fez uma anedota: “Essa condição era quase um conjunto vazio”. Mas chegou-se ao nome de Índio da Costa, deputado de 39 anos, do Rio de Janeiro e em seu primeiro mandato.

O nome de Índio da Costa foi, portanto, uma imposição do PSDB. Assim: “O vice vai ser do DEM, mas quem escolhe sou eu e vocês engolem”. Pode-se dizer então que Serra prevaleceu, ganhou? Não. O tucano equivocou-se de maneira quase inacreditável ao acreditar nos seus conselheiros mais próximos a respeito da escolha anterior –o senador Álvaro Dias (PSDB-PR), que foi o candidato a vice-presidente do final de sexta-feira (25.jun.2010) até o começo da tarde de quarta-feira, ontem (30.jun.2010).

Como Serra não conseguiu arrastar Aécio Neves para o cargo de vice-presidente, prevaleceu a noção de que as outras opções eram todas de menor relevância no sentido de trazer um impacto nacional. Essa premissa verdadeira levou a uma ação errada. Escolheu-se Álvaro Dias porque, pelo raciocínio tucano, Serra estaria pelo menos selando uma aliança fortíssima no Paraná –um Estado relevante da região Sul, com expressivos 5,63% dos eleitores do país.

Serra não fez sozinho a escolha Álvaro Dias como vice. Também tiveram relevância na hora de a decisão ser tomada o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e o deputado federal Jutahy Júnior (PSDB-BA), cuja função na campanha é ser um dos mais fiéis aliados de Serra.

Qual era a lógica (que estava completamente errada)? Álvaro como candidato a vice-presidente amarraria o apoio de seu irmão, o também senador Osmar Dias (PDT-PR), para o candidato do PSDB ao governo do Paraná, o ex-prefeito de Curitiba, Beto Richa.

Nessa fórmula, Osmar Dias seria candidato à reeleição ao Senado numa aliança com Beto Richa . Formar-se-ia uma “coalizão dos sonhos” no Paraná, isolando o PT. A candidata de Lula ao Planalto, Dilma Rousseff, ficaria sem um palanque viável na disputa pelo governo paranaense.

Deu tudo errado. Para começar, os tucanos exercitaram sua provebial soberba. Permitiram que a decisão vazasse da pior forma possível: pelo Twitter de Roberto Jefferson, deputado cassado por causa do escândalo do mensalão. O DEM chiou e Jefferson respondeu com seu estilo arranca-toco: “O DEM é uma merda!!!”. Enquanto isso, os tucanos assistiam ao degradante espetáculo em estado de catatonia.

A reação retórica do DEM ameaçando romper a aliança foi o menor dos problemas para José Serra. Grave mesmo foi Serra e a cúpula do PSDB não terem avaliado corretamente o grau de animosidade (histórico) entre os irmãos Álvaro e Osmar Dias. Não foram capazes de antever o problema, visível a olho nu para qualquer um que circula pelo salões de carpete azul e encardido do Senado.

Deu a lógica.

Mesmo com seu irmão ainda sendo o candidato a vice-presidente de Serra, na noite de terça-feira, dia 29.jun.2010, Osmar Dias flopou. Anunciou ser candidato ao governo do Paraná, com o apoio do PT –e apoiando a petista Dilma Rousseff para presidente.

Por volta das 23h00 de terça-feira, todos os serviços de notícias online já publicavam textos demolidores: “Irmão do vice de Serra será candidato ao governo do Paraná e vai apoiar Dilma (PT) para presidente”.

Até a eclosão dessa notícia da defecção de Osmar Dias se materializar na noite de terça-feira, o cenário era o seguinte: 1) a cúpula do DEM estava reunida na residência do senador Heráclito Fortes (DEM-PI), em Brasília, em clima de velório; 2) os demistas estavam dando de barato que não teriam como impor a Serra a derrubada de Álvaro Dias do cargo de vice-presidente. Procuravam um discurso para explicar publicamente porque novamente estavam se humilhando para os tucanos; 3) Serra, em São Paulo, negociava um discurso conciliador para fazer uma afago público no DEM. Seria “um apelo em nome do Brasil” ou outra platitude do gênero usada nessas horas.

Aí os demistas foram salvos por Osmar Dias. Ao embaralhar todo o cenário paranaense as coisas ficaram complicadas para Serra. Não fazia mais sentido manter Álvaro Dias como candidato a vice –ele não tinha sido capaz de unir a política paranaense em torno do projeto presidencial de Serra.

A cúpula tucana ainda tentou falar com Osmar Dias na noite de terça para quarta-feira. O deputado Jutahy Júnior não teve sucesso. Osmar Dias não o atendeu.

Em certa medida, esse episódio revela como a candidatura de Serra está limitada “na política”, como se diz em Brasília. Erros são cometidos em uma campanha. OK. Mas esse da indicação de Álvaro Dias como candidato a vice-presidente parece estar no ponto mais alto na escala da ingenuidade no mundo da “Realpolitk”.

Bagunça instalada, na “noite de São Bartolomeu” de terça (29.jun) para quarta (30.jun), Serra enfurnou-se em sua casa em São Paulo com dois demistas –Gilberto Kassab, prefeito de São Paulo, e Rodrigo Maia, presidente nacional do DEM– e com Aécio Neves, que viajou às pressas de Belo Horizonte para a capital paulista.

Até por volta das 5h30 da madrugada de quarta-feira (30.jun), alguns dizem até 6h, Serra analisou todas as hipóteses à sua frente. Nada decidiu, exceto que Álvaro Dias teria mesmo de ser descartado. Para escolher o nome do substituto, aquiesceu que poderia ser alguém do DEM –afinal, não faria muita diferença àquela altura a filiação partidária do escolhido. Uma lista de deputados e de senadores demistas foi apresentada. Cada nome foi escrutinado na manhã de quarta-feira.

A escolha de Índio da Costa não foi, portanto, uma vitória do DEM nem uma derrota de Serra. Foram as circunstâncias que engolfaram demistas e tucanos. Todos perderam.

O DEM não está um centímetro maior nem mais forte por causa da indicação de seu deputado Índio da Costa como vice de Serra. Se Serra vier a ganhar, o papel do DEM no futuro governo será idêntico ao que teria sido mesmo com o tucano Álvaro Dias como vice –muitos cargos espalhados na Esplanada. Se Serra perder, rapidamente será esquecido que houve algum dia um demista como vice.

Alguém se lembra do nome do candidato a vice-presidente na chapa derrotada de Geraldo Alckmin ao Planalto em 2006? Ou o nome de vice na chapa perdedora de Serra em 2002? Bolsa memória: em 2002, Serra teve consigo Rita Camata (então no PMDB e indicada por força do marqueteiro Nizan Guanaes, que defendia “o nome de uma mulher”). Em 2006, o vice de Alckmin foi José Jorge (então senador pelo DEM, à época PFL, de Pernambuco).

O saldo do episódio da escolha do vice é que DEM e PSDB, sobretudo o PSDB e Serra, gastaram energia inútil com um assunto que poderia ter sido resolvido “na política”, muito mais facilmente, sem crise.

Essa inabilidade política toda pode ter sido provocada por dois fatores principais. Primeiro, porque os tucanos talvez sejam mesmo ruins “de política”. Foram forjados por uma conjuntura econômica (o Plano Real, em 1994) e nunca tiveram realmente o dom para a grande arte da negociação. O segundo fator é que quando uma campanha começa a ter problemas... outros problemas nascem quase por geração espontânea.

Tudo considerado e bem pesado, a chapa de oposição Serra-Índio não passa por um bom momento. Nada está decidido na disputa pelo Palácio do Planalto. É verdade. Mas erros políticos como esse da novela “Álvaro, o breve” podem causar o naufrágio completo num estágio mais avançado da campanha.

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Por Fernando Rodrigues