sábado, 18 de setembro de 2010

Serra deve estar sofrendo muito para não jogar a toalha.



Deve estar muito duro para Serra levar esta campanha até o seu final. Um dos "coronéis" da política sergipana falou em discurso, diante de um Serra meio que "abobado", de um outro antigo parceiro de Serra votaria em Dilma Rousseff. Nesse interim Serra falou aos ouvidos do político mais próximo que avisasse ao falante que mudasse o tom e de assunto.
Observe-se nos detalhes Serra sussurrando e o outro tocando nas costas do empolgado que falava ao microfone. 

A conservadora





À deriva

Dora Kramer, O Estado de S. Paulo
É o que dá o Congresso despir-se de suas prerrogativas, a oposição não funcionar, a sociedade se alienar, a universidade se calar, a cultura se acovardar, o Ministério Público se intimidar e a Justiça demorar a decidir: perde-se a referência do que seja certo ou errado.
Eis acima o pensamento de gente conservadora, preconceituosa, cheia de veneno que sempre governou este pais cheia de ódio contra os menos abençoados pelas graças do poder.
O quer mesmo afirmar com essas palavras jornalista? Insinua uma rebelião com ajuntamento de todas as classes? Que haja uma reação ao que aí está? Será que ela se lembra de que foi através de muita luta de persuasão e demonstração do quanto o verdadeiro país estava subjugado ao domínio de minorias, mas que através de suas riquezas amealhadas não se sabe a custa de quantos?
Não minha cara,veja o Brasil de hoje é muito diferente. Hoje o povo não enxerga apenas o seu pedaço, mas já tem uma grande visão de mundo. Aliás, minha cara, o próprio mundo hoje nos observa com outros olhos.
A minha cara ainda deve ter a mesma reação daqueles que quando contrariados ficam a dizer que os da esquerda ainda não se aperceberam que o Muro de Berlim não existe mais. Mas a prezada jornalista talvez não se lembre que vários regimes que por aqui passaram também nem mais existem.
Seria eu capacitado a falar para a Sra de que há uma fórmula muito boa de mudar tudo que temos hoje vigorando: ELEIÇÕES. Estamos próximo do dia 03 de outubro. Aí está sua grande possibilidade de retornar ao seu passado. 

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Já cedo inicia-se divulgar as verdades.


Empresário Rubnei Quícoli ameaçou assessor de Erenice Guerra

Publicada em 16/09/2010 às 23h37m
Fábio Fabrini e Roberto Maltchik
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BRASÍLIA - Com o contrato apresentado pela empresa Capital em mãos, o empresário Rubnei Quícoli passou a ameaçar Vinícius de Oliveira Castro, então assessor de Erenice Guerra na Casa Civil, e seus parceiros de lobby para tentar viabilizar o empréstimo no BNDES. Embora só tenha denunciado o suposto tráfico de influência na reta final das eleições, numa sucessão de e-mails enviados ao ex-assessor e outros interlocutores, entre janeiro e fevereiro, o empresário deixa claro que o escândalo era um barril de pólvora prestes a se incendiar.
(Entenda o escândalo na Casa Civil)
O GLOBO teve acesso nesta quinta-feira a uma série dessas mensagens repassadas por Quícoli. Em 2 de janeiro, dois meses após ser recebido na Casa Civil, sem uma resposta positiva, Quícoli avisa a Vinícius e aos donos da empresa que tinha encontro marcado com jornalistas e "Serra" (ele não deixa claro se está se referindo ao tucano José Serra). Informa que adiou a reunião "para ver a postura que a Casa Civil irá tomar".
É o começo da intensa pressão exercida por e-mail. Além de Vinícius, ele se comunica com Luiz Carlos Ourofino, que também participaria das negociações. Em várias mensagens, o empresário explica que discorda da comissão de R$ 240 mil, supostamente exigida pela Capital para azeitar o financiamento. E fixa o dia 2 de fevereiro para que Vinícius e seus companheiros obtenham sucesso junto ao BNDES. Em alguns e-mails, o empresário cita até familiares do presidente do BNDES, Luciano Coutinho, na trama supostamente montada com integrantes da Casa Civil para garantir que a EDRB fosse contemplada com empréstimo de R$ 9 bilhões para criar uma central de energia solar no Nordeste.
Numa das mensagens para Ourofino, em 28 de janeiro, ele afirma: "Derrubo o Coutinho e muita gente ao redor dessa Casa Civil e BNDES". E completa: "Cabeças irão rolar... isso eu GARANTIUUUU (sic)." A ameaça seria concretizada caso Vinícius e M.A. (iniciais de Marco Antonio, então diretor dos Correios) não dessem demonstrações claras de seu engajamento no projeto de energia. No mesmo texto, ele adverte: "Não tenho nada a perder... boca para falar, eu tenho, e muito (sic) saliva".
Nos e-mails, Quícoli se refere a Vinícius como "advogado da Dilma" e se diz vítima de 171 (estelionato). Promete que, em caso de recuo nas pretensões de construir a central elétrica, faria estardalhaço nos jornais.
A quatro dias de seu prazo fatal, Quícoli informa a Vinícius que não pode "ficar dando explicações e fazendo reuniões com os oportunistas de plantão, querendo saber de quanto e como irão levar se houver o aporte beneficiado pela empresa".
Os dias se passam, e os lobistas com acesso à Casa Civil, segundo o relato de Quícoli, não cooperam. Em 1º de fevereiro, às 7h08m, ele marca a hora em e-mail a Vinícius: "Mantenho minha palavra até as 18h de hoje, amanhã é outro dia". No mesmo dia, à noite, volta a pressionar, de forma ainda mais incisiva. "A partir de amanhã, não me falem mais sobre BNDES, usina solar e tão pouco (sic) o PT e o que nele contém". Chama os integrantes do grupo de "bandidos" e cita um dos filhos de Coutinho, sem mencionar o nome: "Não permito que um MOLEQUE me ofende (sic) por ser filho do presidente do BNDES. Deveria tomar cuidado na maneira de proceder".
Coutinho disse nesta quinta-feira que as denúncias são "graves e mentirosas". Sustentou que as acusações "não têm pé nem cabeça" e informou que entrará com processo e pedido de indenização contra Quícoli. O presidente do BNDES tem dois filhos: um é professor da USP, e o outro, publicitário. Segundo o BNDES, nenhum trabalha com consultoria ou tem relação com o banco.
Ouça entrevista com o empresário Rubnei Quícoli
Empresário diz que tem como provar tudo

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Informante da Folha é gente "FINA". Só rindo!



"Fonte" da Folha acabou de sair da cadeia

Reproduzo artigo de Luis Nassif, publicado em seu blog:  

Alguns elementos para tentar entender essa nova denúncia da Folha:

1. Segundo informações da própria Folha, o acusador Rubnei Quícoli já foi condenado duas vezes em São Paulo (por interceptação de carga roubada e por posse de moeda falsificada). E em 2007 passou dez meses preso. O fato de antecipar as denúncias sobre sua fonte não absolve o jornal. Pelo contrário, é agravante. Quando uma pessoa com tal currículo faz uma denúncia, é praxe de qualquer jornalismo sério ouvir as denúncias e exigir a apresentação de provas. 


2. A única prova que o tal consultor apresenta é um email marcando audiência na Casa Civil e que tem o nome de Vinicius Oliveira no C/C . Todo o restante são acusações declaratórias. Nenhum juiz do mundo tomaria como verdade acusações desacompanhadas de provas, de um sujeito que acaba de sair da cadeia. 


3. O jornal não explica como um sujeito com duas condenações criminais, que passou dez meses na prisão dois anos atrás, pilota um projeto de R$ 9 bilhões. É apostar demais na ignorância dos leitores. 


4. O BNDES é um banco técnico, constituído exclusivamente por funcionários de carreira trabalhando de forma colegiada. É impossível a qualquer pessoa – até seu presidente – influenciar a análise do comitê de crédito. Essa informação pode ser facilmente confirmada com qualquer ex-presidente do banco, de qualquer governo. É só conversar com o Luiz Carlos Mendonça de Barros, Pérsio Arida, Antonio Barros de Castro, Márcio Fortes – que foram presidentes durante o governo FHC. A ilação principal da reportagem – a de 5 ae que o projeto de financiamento foi recusado pelo BNDES depois da empresa ter recusado a assessoria da Capital – não se sustenta. Coloca sob suspeita uma instituição de reconhecimento público fiando-se na palavra de um sujeito que já sofreu três condenações na Justiça e três anos atrás passou dez meses preso. 


5. Existem empresas de consultoria que preparam projetos para o BNDES e cobram entr 7% sobre o valor financiado. É praxe no mercado. Confundir essa taxa com propina é má fé. Segundo o empresário que denunciou, Israel apresentou uma proposta de acompanhamento jurídico de processos da empresa, que acabou não sendo assinado. Tudo em cima de declarações. 

Ninguém vai negociar propostas ocultas em reuniões formais na Casa Civil, à luz do dia. Só faltava. 

Cládio Lembo, sempre o mais sensato da oposição



Posted: 15 Sep 2010 01:32 PM PDT

"Dramático será o dia 4 de outubro, porque não teremos mais partidos políticos, só um movimento social coordenado pelo hoje presidente Lula(...) A mídia está engajada e tem um candidato, o Serra, com isso se perdeu o equilíbrio e é desse embate que nasce a intranquilidade, mas ela é transitória".

A análise é do ex-governador de São Paulo, Cláudio Lembo, em conversa com o portal Terra na manhã desta quarta-feira (15). Atual secretário municipal dos Negócios Jurídicos de São Paulo, Cláudio Lembo, do DEM, enfrentou uma gravíssima crise: a dos ataques do PCC em maio de 2006, quando era o governador do Estado.

Então, em meio ao embate com o Primeiro Comando da Capital, Lembo disse em entrevista ao Terra Magazine viver um momento de "catarse" depois de ter sido instado "pela burguesia" - também "hipócrita" - a valer-se do "o olho por olho" na reação aos ataques do PCC. Ainda à época desabafou com a colunista Mônica Bergamo:

"Nós temos uma burguesia muito má, uma minoria branca muito perversa".

Diante desse cenário, o Terra ouviu o ex-governador de São Paulo. Abaixo, a conversa.

Terra - Nas últimas horas, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso evocou Mussolini para se referir ao presidente Lula, o ex-dirigente do DEM, Jorge Bornhausen, aconselhou o presidente Lula a "não ingerir bebida alcoólica antes dos comícios", palavras dele, sendo de Bornhausen a famosa frase sobre o PT, "vamos acabar com essa raça". O presidente agora devolveu falando em "extirpar o DEM", e a chefe da Casa Civil fez uma nota oficial chamando o candidato da oposição de "aético e já derrotado". Como o senhor, experimentado também em crises, vê isso?

Terra - Como o senhor interpreta o cenário todo?

Lembo - É transitório e próprio dos momentos que se aproximam da eleição....mas o dramático será no dia 4 de outubro.

Terra - Por quê?

Lembo - Porque não teremos mais partidos políticos, só um movimento social coordenado pelo hoje presidente Lula, o que é ruim para a democracia. Ou seja, o partido que é coordenado pelo presidente da República sobreviverá muito mais como movimento social do que como partido, porque ele não é orgânico.

Terra - E a oposição?

Lembo - A oposição terá um resultado mau, muito ruim no pleito, e sai sem voz, sem maior possibilidade de apontar os erros do governo, de ser e fazer oposição. Também por erros da própria oposição.

Terra - E o papel da mídia? Qual é, qual deveria ser?

Lembo - A mídia se engajou, a mídia tem um candidato...

Terra - Qual candidato?

Lembo - O candidato do PSDB, o Serra...

Terra - E qual a consequência disso? Isso esquenta a conversa de botequim das últimas horas, isso...?

Lembo - ... A mída está engajada, tem um candidato que é o Serra e com isso se perdeu o equilíbrio, vem o desequilíbrio, é desse embate que nasce a intranquilidade... mas ela é transitória. Havendo só um grande vencedor no pleito, que é o movimento social, e estando a mídia engajada como que está... disso nasce essa intranquilidade.

Terra - Quando se chega a termos como "Mussolini", "candidato aético já derrotado" e "bêbado..."

Lembo - Isso está fora dos preceitos democráticos e muito além do tom..

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Serra enloqueceu de vez

Ah se meu pai fosse vivo!!


Se meu querido pai fosse vivo jamais eu poderia estampar esta foto.
Diria: meu filho, agora que o meu Botafogo está numa boa colocação, ver esta foto pode dar um azar danado.
Posted by Picasa

Deu no Estadão


Ações do documento

EMPREGO NO NORDESTE JÁ REDUZ FLUXO MIGRATÓRIO

EMPREGO NO NORDESTE JÁ REDUZ FLUXO MIGRATÓRIO
Autor(es): Rodrigo Petry, Fabiana Holtz
O Estado de S. Paulo - 15/09/2010
 
Fenômeno já é sentido em São Paulo, que sofre com a escassez de mão de obra

Ao mesmo tempo em que os investimentos da construção civil e do varejo no Nordeste estão proporcionando à região taxas de crescimento do emprego com carteira assinada acima da média brasileira, também acabam contribuindo para a escassez de mão de obra em São Paulo.
Os Estados nordestinos concentraram mais de 34% das vagas criadas pelo setor da construção no País nos últimos 12 meses. Já as redes varejistas aceleram o ritmo de expansão na região, aproveitando a evolução do consumo das classes C e D, mais sensíveis aos ganhos do salário mínimo e dos programas de distribuição de renda.
Segundo levantamento da LCA Consultores, feito a pedido da Agência Estado, das cerca de 333 mil vagas formais criadas entre julho de 2009 e 2010, mais de 114 mil foram geradas nos Estados nordestinos, representando mais de um terço dos postos.
"Os ganhos reais do salário mínimo e o crescimento do Nordeste têm aumentado o dinamismo da economia local, reduzindo o fluxo de trabalhadores para outras regiões, aumentando os investimentos e ampliando a gama de oportunidades", diz o economista da LCA, Fábio Romão. No Brasil, enquanto o setor ampliou no período em 16,6% as vagas formais, no Nordeste o crescimento atinge 30,5%.
Com os investimentos dos últimos anos se ampliando no Nordeste, organizações dos setores da construção civil e dos supermercados vêm observando uma falta cada vez maior de mão de obra, sobretudo em São Paulo. Parte é creditada à redução do fluxo migratório. "Estamos tendo dificuldades para preencher o aumento de 20% a 30% previsto para as vagas do fim do ano", diz o presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), João Galassi. Ele relata casos em que supermercadistas estão abrindo mão de contratar trabalhadores com ensino médio e ocupando as vagas com pessoas apenas com o ensino fundamental.
No caso da construção civil, o cenário é parecido com o do varejo e os representantes do setor defendem uma ação conjunta das empresas com o governo para investir em qualificação dos trabalhadores. "O Bolsa-Família é outro fator que tem impacto nesse cenário. Muita gente tem optado por não aceitar o emprego com carteira assinada quando o salário ultrapassa o limite de renda por pessoa, porque perderia o benefício", diz Claudio Bernardes, vice-presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), acrescentando que os programas de distribuição de renda também contribuem para que os nordestinos não deixem a região.
Migração. Para o professor do instituto de economia da Unicamp Claudio Dedecca, as transformações econômicas observadas nos Estados nordestinos nos últimos anos estão reduzindo a "pressão pela migração" para outras regiões do País: "O crescimento da renda dessa população abriu novas perspectivas para investimentos e retomada de projetos estratégicos. Pela primeira vez, as empresas estão esbarrando na falta de profissionais".
Romão, da LCA, ressalta que os ganhos reais do salário mínimo produzem um efeito maior sobre o consumo na Região Nordeste, porque quase metade da população recebe um salário mínimo por mês. Em todo o Brasil, essa média é de 29%, conforme os últimos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad).
Ele destaca que, especialmente, a construção civil tem apresentado uma forte evolução na formalização de postos de emprego. "O aumento do crédito e da distribuição de renda tem um impacto muito positivo no Nordeste", diz.
Força nordestina
114 mil
empregos formais foram gerados na construção civil na Região
Nordeste entre julho de 2009 e 2010. Em todo o País foram geradas 333 mil vagas
50%
da população nordestina recebe o salário mínimo

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Os jornalões


Mudança de manchetes.

Quantos escândalos novos surgirão até as eleições? Alguns, não muitos, pois estamos próximos do dia trés de outubro. Houvesse mais tempo a oposição, através da sua protetora a mídia, não teria quase dificuldade alguma para mudar as manchetes, visto que acusam e depois abandonam o tema se não houver a repercussão que se espera. O mais engraçado é que fica por isso mesmo ao não ter chegado a um final de provas reais. Ao ser cobrado aí entra a tal “liberdade de expressão”.

Há quanto tempo a mídia do contra tem batido contra o atual governo? Sempre, principalmente a partir de janeiro de 2003, quando Lula tomou posse no primeiro mandato. Mas quando vão sossegar? Muita das vezes por um breve período de tempo ou quando um candidato da oposição sai na frente nas pesquisas. Mas mesmo assim a mídia do contra não se cala, está sempre alerta.

Quantos virão de novo e com a mesmas intensidade, mesmo que os resultados sejam tão pequenos mas que esperam um dia acertar. Estamos vivendo o preenchimento do horário da tarde, repetindo uma novela que no passado fez sucesso de audiência. Não importa o quanto de pontos obterão, o que vale é estar alerta, deixando os eleitores meio que sempre na dúvida. Mas ultimamente me parece que estejam bem enganados, pois Lula não os tem deixado em paz.

Uma manchete que nunca veremos na grande mídia será essa: LULA, O MELHOR PRESIDENTE QUE O BRASIL JÁ TEVE, PASSA O BASTÃO PARA A PRIMEIRA MULHER PRESIDENTE DO BRASIL.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Folha despreza reação de leitores no Twitter
O desprezo em relação às reações dos leitores da Folha de S.Paulo no Twitter foi alvo de críticas da ombudsman do veículo, Suzana Singer, em seu artigo do último domingo (12). A jornalista, entre outras coisas, questionou a postura do jornal em repercutir assuntos comentados no microblog e ignorar as críticas feitas à publicação.
"No primeiro debate eleitoral on-line, feito por Folha/UOL em agosto, publicou-se com orgulho que o evento tinha sido um "trending topic". Não dá para olhar para as redes sociais apenas quando interessa", disse.
Suzana se refere a reportagem intitulada "Consumidor de luz pagou R$ 1 bi por falha de Dilma", publicada no domingo (5), que repercutia a falta de iniciativa do Ministério de Minas e Energia, quando ainda era comandado pela candidata à presidência Dilma Rousseff (PT), para mudar uma lei que dava desconto em contas de luz de quem não precisava do benefício.
A reportagem de Rubens Valente recebeu 194 reclamações no Twitter endereçadas à Suzana, mais de 45 mil mensagens anti-Folha (até quinta-feira - 9) e gerou também o movimento #DilmaFactsByFolha, que repercutia mensagens como "Errar é humano. Colocar a culpa na Dilma está no Manual de Redação da Folha".
"Na manada anti-Folha, havia muito leitor indignado, gente que não queria perder a piada, além de velhos ressentidos com o jornal", explicou Suzana, que em outro trecho cravou: "Não dá para desprezar essa reação e a Folha fez isso". O artigo pode ser lido na íntegra aqui (só para assinantes)
Já aconteceu
Durante a Copa, a Folha teve atitude semelhante. O erro na inserção de anúncio do supermercado Extra rendeu, também, uma crítica de Suzana. "O que parece óbvio para muitas empresas é uma pequena revolução na Barão de Limeira. A Folha costumava ter uma atitude estoica diante dos bombardeios que sofre no mundo digital", disse.
A ombudsman reiterou que o erro ocupava pequeno espaço no jornal e "teria passado sem tanta repercussão não fosse o Twitter". A gafe se espalhou rapidamente pela web, motivou protestos, e até gerou crítica de Abílio Diniz, dono do grupo Pão de Açúcar, ao qual o Extra pertence.

Redação Adnews

A rendição ao óbvio da Folha



O ataque dos pássaros

Suzana Singer, ombusdman da Folha de S. Paulo
A Folha vem se dedicando a revirar vida e obra de Dilma Rousseff. Foi à Bulgária conversar com parentes que nem a candidata conhece, levantou a fase brizolista da ex-ministra, suas convicções teóricas e até uma loja do tipo R$ 1,99 que ela teve com uma parente no Sul. Tudo isso faz sentido, já que Dilma pode se tornar presidente do Brasil já no primeiro escrutínio que disputa.
Mas, no domingo passado, o jornal avançou o sinal ao colocar na manchete "Consumidor de luz pagou R$ 1 bi por falha de Dilma". O problema nem era a reportagem, que questionava a falta de iniciativa do Ministério de Minas e Energia para mudar uma lei que acabava por beneficiar com isenção na conta de luz quem não precisava.
Colocar uma lupa nas gestões da candidata do governo é uma excelente iniciativa, mas dar tamanho destaque a um assunto como este não se justifica jornalisticamente.
Foi iniciativa de Dilma criar a tal Tarifa Social? Não, foi instituída no governo Fernando Henrique Cardoso. É fácil mexer com um benefício social? Não, o argumento de que faltava um cadastro de pobres que permitisse identificar apenas os que mereciam a benesse faz muito sentido. Existe alguma suspeita de desvio de verbas? Nada indica.
O lide da reportagem dava um peso indevido ao que se tinha apurado. Dizia que a propaganda eleitoral apresenta a candidata do PT como uma "eficiente gestora", mas que "um erro coloca em xeque essa imagem". Essa tem que ser uma conclusão do leitor, não do jornalista.
Uma manchete forçada como a da conta de luz, somada a todo o noticiário sobre o escândalo da Receita, desequilibrou a cobertura eleitoral. Dilma está bem à frente nas pesquisas de intenção de voto e isso é suficiente para que se dê mais atenção a ela do que a seu concorrente, mas, há dias, José Serra só aparece na Folha para fazer "denúncias". Nada sobre seu governo recente em São Paulo. Nada sobre promessas inatingíveis, por exemplo.
Os leitores perceberam a assimetria. Durante a semana, foram 194 mensagens à ombudsman protestando contra o noticiário, mas o maior ataque ocorreu no Twitter, a rede social simbolizada por um pássaro azul, que reúne pessoas dispostas a dizerem o que pensam em 140 caracteres. Até quinta-feira passada, tinham sido postadas mais de 45 mil mensagens anti-Folha.
Os internautas inventaram manchetes absurdas sobre a candidata de Lula: "Empresa de Dilma forneceu a antena para o iPhone 4", "Dilma disse para Paulo Coelho, há 20 anos: continue a escrever, rapaz, você tem talento!", "Serra lamenta: a Dilma me indicou o Xampu Esperança" e "Errar é humano. Colocar a culpa na Dilma está no Manual de Redação da Folha".
O movimento batizado de #Dilmafactsbyfolha virou um dos assuntos mais populares ("trending topics") do Twitter em todo o mundo, impulsionado, em parte, pela militância política -segundo levantamento da Bites, empresa de consultoria de planejamento estratégico em redes sociais, 11 mil tuítes usaram um #ondavermelha, respondendo a um chamamento da campanha do PT na rede. Até o candidato a governador Aloizio Mercadante elogiou quem engrossou o coro contra o jornal.
Mas é um erro pensar que apenas zumbis petistas incitados por lideranças botaram fogo no Twitter. O partido não chegou a esse nível de competência computacional.
Na manada anti-Folha, havia muito leitor indignado, gente que não queria perder a piada, além de velhos ressentidos com o jornal.
Não dá para desprezar essa reação e a Folha fez isso. Não respondeu aos internautas no Twitter e não noticiou o fenômeno. O "Cala Boca Galvão" durante a Copa virou notícia. No primeiro debate eleitoral on-line, feito por Folha/UOL em agosto, publicou-se com orgulho que o evento tinha sido um "trending topic". Não dá para olhar para as redes sociais apenas quando interessa.
A Folha deveria retomar o equilíbrio na sua cobertura eleitoral e abrir espaço para vozes dissonantes. O apartidarismo -e não ter medo de crítica- sempre foram características preciosas deste jornal.

domingo, 12 de setembro de 2010

FHC vai sair do ostracismo cheiros?

Veja Essa

Maílson da Nóbreg
Radar

FHC vai subir o morro

Valéria Gonçalves/AE
THC
Fernando Henrique: nas favelas, com traficantes

FHC está se preparando para subir uma favela carioca para conversar com traficantes, viciados e entrar em bocas de fumo. A cena insólita para um ex-presidente da República constará do documentário Rompendo o Silêncio, no qual FHC exporá sua cruzada pela descriminalização da maconha. A equipe de produção do cineasta Fernando Andrade já está negociando com as autoridades de segurança do Rio de Janeiro para que FHC vá à Rocinha ou ao Pavão-Pavãozinho, em Copacabana, no dia 24. O documentário só será lançado depois das eleições. De certa forma, a disputa Lula-FHC se dará também nas telas. Lula é a estrela da biografia melodramática dirigida por Fábio Barreto; FHC quer ser uma espécie de Al Gore tropical.