segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Folha despreza reação de leitores no Twitter
O desprezo em relação às reações dos leitores da Folha de S.Paulo no Twitter foi alvo de críticas da ombudsman do veículo, Suzana Singer, em seu artigo do último domingo (12). A jornalista, entre outras coisas, questionou a postura do jornal em repercutir assuntos comentados no microblog e ignorar as críticas feitas à publicação.
"No primeiro debate eleitoral on-line, feito por Folha/UOL em agosto, publicou-se com orgulho que o evento tinha sido um "trending topic". Não dá para olhar para as redes sociais apenas quando interessa", disse.
Suzana se refere a reportagem intitulada "Consumidor de luz pagou R$ 1 bi por falha de Dilma", publicada no domingo (5), que repercutia a falta de iniciativa do Ministério de Minas e Energia, quando ainda era comandado pela candidata à presidência Dilma Rousseff (PT), para mudar uma lei que dava desconto em contas de luz de quem não precisava do benefício.
A reportagem de Rubens Valente recebeu 194 reclamações no Twitter endereçadas à Suzana, mais de 45 mil mensagens anti-Folha (até quinta-feira - 9) e gerou também o movimento #DilmaFactsByFolha, que repercutia mensagens como "Errar é humano. Colocar a culpa na Dilma está no Manual de Redação da Folha".
"Na manada anti-Folha, havia muito leitor indignado, gente que não queria perder a piada, além de velhos ressentidos com o jornal", explicou Suzana, que em outro trecho cravou: "Não dá para desprezar essa reação e a Folha fez isso". O artigo pode ser lido na íntegra aqui (só para assinantes)
Já aconteceu
Durante a Copa, a Folha teve atitude semelhante. O erro na inserção de anúncio do supermercado Extra rendeu, também, uma crítica de Suzana. "O que parece óbvio para muitas empresas é uma pequena revolução na Barão de Limeira. A Folha costumava ter uma atitude estoica diante dos bombardeios que sofre no mundo digital", disse.
A ombudsman reiterou que o erro ocupava pequeno espaço no jornal e "teria passado sem tanta repercussão não fosse o Twitter". A gafe se espalhou rapidamente pela web, motivou protestos, e até gerou crítica de Abílio Diniz, dono do grupo Pão de Açúcar, ao qual o Extra pertence.

Redação Adnews

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