terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

QUANDO MERVAL TENTA AJUDAR FHC.


O único político da oposição que tem coragem de enfrentar Lula é o ex-presidente Fernando Henrique, talvez porque já derrotou Lula duas vezes no primeiro turno, ou porque não tenha que disputar votos agora.

E certamente porque é o alvo preferencial de Lula nesses seus sete anos e pouco de governo. Toda vez que fala, Fernando Henrique provoca uma reação intensa do governo, e esse debate é bom para a democracia.

O PSDB tem que assumir esse debate sem vergonha de defender um governo que foi um marco importante no desenvolvimento do país.

Se, ao final das contas, o eleitorado achar que a ministra Dilma Rousseff é a melhor candidata para dar continuidade a esse processo de desenvolvimento que o país vem experimentando há 15, 20 anos, então ela será eleita.

O que o PSDB tem que lutar é para convencer o eleitorado de que os avanços de Lula, ao contrário do que ele bravateia, fazem parte de um processo que ele não interrompeu, ao contrário, aprofundou e aperfeiçoou em alguns aspectos.

O que o PSDB não pode é repetir 2002 e 2006, quando os candidatos, tanto Serra quanto Geraldo Alckmin, tentaram se distanciar do governo de Fernando Henrique Cardoso. Desse jeito não há como ganhar a eleição.

De um lado teremos uma candidata que tem orgulho do governo ao qual pertence, e de outro poderemos ter um candidato que tem medo de defender o governo a que pertenceu, e que foi um governo importantíssimo para o país.

Tem razão a ministra Dilma Rousseff quando diz que comparar os dois governos é importante para mostrar qual o caminho que cada candidato pretende seguir no futuro.

Mesmo que não pretendesse, o PSDB vai ter que entrar na campanha disposto a defender o governo Fernando Henrique, mesmo porque o ex-presidente já demonstrou que estará a postos para defender seu legado, mesmo que essa atitude seja considerada desaconselhável como estratégia política.

O ex-presidente Fernando Henrique está disposto a defender sua biografia, mesmo que o partido possa ser prejudicado eleitoralmente.

O que ele pode fazer para não prejudicar ele faz, como, por exemplo, aceitar que o documentário sobre sua cruzada a favor da descriminalização do uso de drogas leves, como a maconha, seja adiado para o próximo ano, para evitar eventuais utilizações eleitorais pelos adversários.

O polêmico assunto, que Fernando Henrique abraçou convencido de que o mundo está no caminho errado ao tentar combater o tráfico de drogas com a repressão policial, como na Lei Seca contra as bebidas alcoólicas nos anos 1930 nos Estados Unidos, já lhe valeu o reconhecimento como um dos cem mais influentes pensadores do mundo atual pela revista Foreign Policy.

Transformar Dilma na marionete de Lula, como fez ontem Fernando Henrique, pode ser um bom começo para mostrar que ela não tem condições de substituir o presidente mais popular do país nos últimos tempos.

Apesar do empenho de Lula, haverá sempre, no decorrer da campanha, espaço para que os candidatos meçam seus conhecimentos e demonstrem sua capacidade de liderança, seja nos debates televisivos, seja em aparecimentos isolados.

A candidata oficial será colocada em exposição pública e ficará claro para o eleitorado se ela é ou não uma simples boneca do ventríloquo Lula.

Se assim for identificada, como parece pretender o PSDB, dificilmente passará a confiança necessária para ser a presidente.

A não ser, é claro, que o que o eleitorado queira seja justamente isso, um terceiro mandato para Lula através de Dilma.

Mas eu assim penso:
Li com dúvidas a coluna do porta-voz de FHC, Merval Pereira, mas ecolhi dessa parte em diante, visto que ele apresentou alguns dados aneriormente e que deixei de lado, mas que poderá enganar a uns poucos, como por exemplo Merval diz que em termos de aumentos do salário mínimo os dois se igualaram. (estranho, não?) FHC chegou aos 70 dólares e hoje está em torno de 220 dólares. Isso é igual? De resto é mesm o choradeira de quem já está tentando dizer algo que não acredita muito, mas que vai cumprindo o seu papel que lhe foi imposto. 

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