sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Inflação na visão do Banco Central. 
Há muito o Banco Central tem agido e muito aprovado pelos analistas da nossa imprensa, que não consigo entender bem já que Meirelles está naquela instituição parecendo até que seja uma imposição da área financeira do país. Muitos hão de dizer que a desvinculação do BC do Ministério da Fazenda era necessária, mas nem tanto, diziam antes. Talvez que o BC já descriminava tanto o ambiente que lhes foram sempre favoráveis no passado. Talvez nem tanto na imprensa tamanha fosse à necessidade de preservar. Por outro lado, os meios de comunicação ainda não haviam formado um time de analistas que pudessem colocar a público suas idéias. E, de qualquer forma, o neoliberalismo agia sem nenhum constrangimento. Hoje, mesmo que diminuto, há controvérsias da sua ação. Falando em inflação, muito na moda quando se fala de BC, dia desses ouvi um palestrante de um grande banco e lá tive a oportunidade de lhe fazer uma simplória indagação sobre que discordo de usar a selic como indutor de redução de inflação. O que lhe perguntei fui logo dado andamento de caminhos que acho que a selic vai logo provocando, no meu conceito negativamente. Se não vejamos: - Selic alta freia o consumo – reduzindo consumo freia a produção – freando a produção falta produto – faltando produto há aumento e preço – aumentado preço gera inflação e assim vai e torna-se uma roda viva, que seria bom dizer que menos produção maior nível de desemprego – maior desemprego menos gente para consumir e daí chega-se até o final dessa roda que seja um PIB baixo. - Ouvi uma resposta rápida do palestrante de que para aumentar o consumo o governo abriu uma linha de crédito e com prazos bastante elásticos. Não há duvida que isso possa aumentar, mas quem teve mesmo que bancar foi todos nós que não compramos nada, mas que também teremos adiados novos investimentos públicos em função de redução da carga e logicamente arrecadação menor isso para atender o mercado diferenciado em detrimento de outros. Vamos falar o inverso do que comentei inicialmente? Seria do agrado dos banqueiros?Então vejamos: - Selic baixa aumento de consumo – aumento de consumo aumento de produção – com necessidade de aumento de produção, maiores investimentos novos – daí mais emprego – mais gente no mercado de trabalho mais consumo – novos investimentos evitam-se falta de produto e equilibra preços – havendo crescimento de demanda é visto de forma se trocar de produto, o que tem ocorrido, já que o mercado hoje é bem concorrido. Finalmente, se é que se pode dizer que tenhamos chegado ao fim desse assunto, que tem muito mais a discutir e analisar. Na verdade o que evita inflação e o setor produtivo ter custos baixos e custos baixos começa com taxa de juros adequados e na lente de quem imagina que nada disso possa ocorrer e daí se arriscar não faz o gênero de burocratas do BC. Outro momento talvez tenha condições de escrever sobre spread bancário que há uma distância muito grande do que se paga ao correntista e o que se cobra do tomador. Esse também é um grande gerador de inflação. 
Pedro Bueno 
28/1/2010. -

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