domingo, 14 de março de 2010

2009 até que foi bom, não foi?


Levando em consideração... 2009 até que...

O ano que começou depressivo, com desemprego e paralisação do setor produtivo, foi marcado pela forte intervenção estatal na economia. O governo iniciou sua série de ajustes já ao fim de 2008, com a desoneração de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis, protegendo uma das maiores cadeias produtivas do país. As primeiras avaliações da desoneração foram positivas – os números setoriais de produção e emprego já mostraram reação em abril –, o que credenciou o governo a assumir as rédeas da sua vocação estatizante e promover novas séries de desoneração em outras cadeias.

Ao custo de R$ 25 bilhões em incentivos, segundo o ministério da Fazenda, o governo assumiu o mérito por fazer o país sair antecipadamente do quadro de recessão mundial já no segundo trimestre. No entanto, este montante não foi suficiente para fazer brilhar o PIB do terceiro trimestre, que jogou água fria em todas as expectativas do mercado de crescimento positivo em 2009.

Ao mesmo tempo e não menos importante, com inflação controlada e ameaçada pela recessão, o ano também foi marcado pela diminuição nos juros, aceito pelo Banco Central. A série de cinco quedas consecutivas na taxa colocou a Selic pela primeira vez em um dígito.

Daí entra em conflito com relação ao assunto, quando vejo na imprensa de que o Banco Central irá aumentar a taxa selic em função de que vê inflação com ameaça de aumento. Observe-se de que o consumo cresceu e a inflação ao menos estagnou neste final de 2009.

Outro fato, me parecendo que tenha sido por estímulo meramente político, é que estados e municípios, esse último principalmente, reclamaram da queda das transferências menores em função da isenção do IPI. Mas nem estados nem municípios comentaram que se o governo não tivesse tomado essa posição, não haveria maior recolhimento de ICMS

Infelizmente mesmo com um grande crescimento em torno de 4% do PIB no 4º trimestre, não evitou que no geral o mesmo ficasse com apenas 0.2%.

De qualquer forma cabe uma pergunta: fosse Serra, aparentemente tão cauteloso até para assumir sua candidatura, teria tomado a atitude que Lula assumiu?

Teria Serra se prontificado a ser “garoto propaganda” afim de que a população comprasse sem medo?

Domingo, 14 de março de 2010

http://buenomuybueno.blogspot.com

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