segunda-feira, 15 de março de 2010

Militar de hoje

Muitas dúvidas.

Ouvi dia desses um comentário com o entrevistado que responde a uma pergunta dizendo que o descontentamento de alguns militares das Forças Armadas quanto à abertura de documentos que possam identificar as barbáries havidas nos tempos negros da ditadura militar de 1964.

Há quem hoje pense, e eu também em parte aceito, de que a revolução de 64 foi feita por gente da área militar que ainda pensavam como Brasil Colônia ou até Brasil República Velha. Naqueles tempos o poder econômico criava fatos ou se aliavam ao que vinha de fora para impor seus domínios. (Ricos x pobres). Pobres para lhes servirem.

Ideologias por parte do povão penso que não, pois os domínios da mídia eram tamanhos que o que se lia naqueles tempos era o que os poderosos impunham e mesmo aquelas poucas que tentavam ser diferentes não sobreviviam. Nenhuma imprensa é totalmente livre, ela necessita de quem a financie e daí há as que optam pelas ideologias dos interesses comerciais.

Tudo antes de 64 por detrás havia a chamada guerra fria, onde EUA lutava para manter seus domínios sobre grande parte da Europa assim como também na America do Sul. A união Soviética a mesma coisa. Cada um apresentava seus interesses como protetor, mas no fundo a proteção era para resguardar seus interesses comerciais.

Havia então muita discussão sobre ideologias diversas. Muita tentativa de dizer que essa ou aquela era a melhor, mas que em termos delas o povo muito pouco imaginava o que fosse realmente ideologia. O povo estava era mesmo desejoso de encher seu estomago que sempre estava vazio.

Mas o entrevistado disse que os militares de hoje observam os fatos por outro prisma. Podem até ter seus conceitos, mas são modernos não dos tempos, como disse acima, dos tempos do Brasil Colônia. O militar de hoje também deseja que tudo seja esclarecido, pois não quer ser visto como o militar de ontem. Há hoje alguns que ainda vez ou outra abre os braços contrariando o Brasil de hoje, progressista, desenvolvendo-se um povo com mais cultura e imaginando-se já de primeiro mundo, não ficando ao se defrontar com um estrangeiro com ar de inferioridade.

Sabemos que falta muita coisa. E como falta, mas não estamos mais parados no tempo esperando que alguém venha de fora para nos dizer o que devemos fazer. Falta muita coisa. E como falta, mas quisera eu estar vivo até mais ou menos 2030 e poder fazer comparação com 2030 x 2010. Falta muita coisa, e como falta!

Pedro Bueno.

10/3/10.

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