sábado, 31 de outubro de 2009

MINHA AMIGA FALA DOS DE HOJE, COMO SE ANTES FOSSE DIFERENTE.


O GOVERNO FHC E O LEGISLATIVO


Quando Fernando Henrique Cardoso assumiu a presidência da República em 1994, através de uma aliança eleitoral entre o PSDB e o PFL, articuladores políticos de seu governo se aproximaram do PMDB oferecendo ministérios e importantes postos no governo federal, visando garantir maioria parlamentar no Congresso Nacional e viabilizar a implementação das reformas estruturais que estavam sendo propostas pelo novo governo. Com o sucesso do Plano Real e a alta popularidade de FHC, não foi difícil para os tucanos ampliarem a base governista com a adesão do PPB. Além de o presidente Fernando Henrique Cardoso ter conseguido uma ampla maioria no Legislativo, o que lhe garantiu a aprovação de medidas importantes para o seu governo, ele também aglutinou algumas grandes agremiações partidárias em torno de seu nome, conseguindo se reeleger para mais um mandato (1999-2002) à frente da presidência da República. Ao formar uma base de sustentação parlamentar ideologicamente heterogênea, e com fortes contendas regionais, o governo federal também foi o fiador de uma composição política na qual o PSDB, PFL e PMDB passaram a se revezar no comando do Senado e da Câmara dos Deputados desde o primeiro mandato de FHC.

Os presidentes da Câmara Federal no período 1995-2002 foram: Luís Eduardo Magalhães do PFL (1995-1996); Michel Temer do PMDB (1997-1998 e 1999-2000); e, atualmente, a casa é comandada por Aécio Neves do PSDB, até o final de 2002. No Senado a presidência foi ocupada por grandes expoentes da política nacional: José Sarney do PMDB (1995-1996); Antonio Carlos Magalhães do PFL (1997-1998 e 1999-2000); e Jader Barbalho do PMDB, que assumiu o comando em fevereiro de 2001, ficando no cargo até outubro de 2001. A busca de harmonia nas relações entre os poderes Executivo e Legislativo no Brasil guarda certa semelhança em todos os níveis de governo. A formação dos ministérios e secretariados e a distribuição do controle de cargos estratégicos na máquina pública refletem-se automaticamente na constituição das bases de sustentação governista no parlamento.

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