domingo, 4 de outubro de 2009

M,S,T - FAÇA SEU JULGAMENTO.



Petista comemora arquivamento de CPI do MST
O deputado Dr. Rosinha (PT-PR) comemorou ontem o arquivamento, por falta de assinaturas, da CPI do MST, que teria como objetivo investigar o repasse de verbas públicas nacionais e internacionais para o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. “Seria a CPI do ódio e da estupidez ideológica, sob o comando das oligarquias ruralistas”, disse o parlamentar.
A oposição, que insistia na articulação, conseguiu apenas 168 assinaturas de deputados, das 171 necessárias. Só no Senado conseguiu as adesões necessárias, com 34 senadores (dos 27 necessários).O prazo para retirada ou inclusão de assinaturas foi encerrado à meia-noite desta quarta-feira (30) na Secretaria Geral da Mesa do Senado. Segundo Dr. Rosinha, a CPI não teria motivo para ser realizada, uma vez que todas as acusações refentes ao repasse de verbas públicas aos trabalhadores sem terra já foram apuradas. “O curioso é que a oposição passou a defender a CPI a partir de uma reportagem fraudada de uma revista semanal mentirosa: ela recebe informações da oposição, e esta usa a publicação para fazer luta política, num circuito retroalimentado”, afirmou. O petista disse que a oposição tem que extrair do episódio a lição de que o Parlamento não pode ser movido pelo ódio. Ele fez questão de apontar os mentores do movimento contra o MST no Congresso: a senadora Kátia Abreu (DEM-TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura, e os deputados Ronaldo Caiado (DEM-GO), Onyx Lorenzoni (DEM-RS) e Abelardo Lupion (DEM-PR). “Curiosamente, nunca foi criada uma CPI para analisar os recursos públicos destinados à classe patronal rural”, comentou Dr. Rosinha.
O petista sublinhou que o discurso dos ruralistas contra o MST e a agricultura familiar enfraqueceu em razão do censo agropecuário divulgado nesta quarta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pela primeira vez, a agricultura familiar brasileira é retratada nas pesquisas do órgão, que mostra que o setor emprega quase 75% da mão de obra no campo e é responsável pela segurança alimentar dos brasileiros, produzindo 70% do feijão, 87% da mandioca, 58% do leite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos e, ainda, 21% do trigo consumidos no país. “Como esses ruralistas querem defender o latifúndio diante desses dados?”, indagou Dr. Rosinha.

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