segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Banco Araucária é ligado a Bornhausen, diz Souza - Paraná-Online - O seu Portal de Informação

Banco Araucária é ligado a Bornhausen, diz Souza - Paraná-Online - O seu Portal de Informação: "Publicidade

Política / Notícias (vejam a data: 17/06/2003)


17/06/2003 às 01:00:06 - Atualizado em 19/07/2008 às 15:23:27
Banco Araucária é ligado a Bornhausen, diz Souza

Jornalista Externo

Brasília - O procurador da República Luiz Francisco de Souza, que acusou o banco Araucária de lavar US$ 5 bilhões pelo esquema Banestado entre 1996 e 1999, entregou ontem à Receita Federal cópias de sete mil documentos. Os papéis recolhidos no início deste ano pela Polícia Federal, em Nova York, comprovam transações financeiras do Araucária e do Banestado. Anteontem, reforçando suas denúncias, ele disse que o banco Araucária seria vinculado à família do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC). Por isso, destacou ele, a família é um dos focos da investigação do esquema Banestado.

Luiz Francisco de Souza abriu uma investigação sobre o caso Banestado no ano passado. O suposto esquema de evasão de divisas por meio de contas CC-5 do Banco do Estado do Paraná, hoje incorporado ao Banco Itaú, já vinha sendo apurado pela Polícia Federal e pelo Ministério Público do Paraná desde 1998.

A assessoria de imprensa do senador Jorge Bornhausen contestou as acusações do procurador Luiz Francisco de Souza. Segundo a assessoria, Bornhausen jamais fez ou autorizou em seu nome qualquer remessa ilegal de dinheito para o exterior. A nota afirma que, 'exercendo atividades públicas há 40 anos, o senador Bornhausen repudia a acusação criminosa do procurador'. A resposta do gabinete do senador cita ainda uma reportagem divulgada 'há algum tempo' pela revista Época, que o ligava ao caso Banestado.

Na ocasião, segundo a nota, Bornhausen teve acesso às informações do Instituto Nacional de Criminalística sobre uma transferência de US$ 16 mil, efetuada em 1996, em uma conta de suposta titularidade do presidente do PFL no Banco do Brasil de Nova York. De acordo com o texto da assessoria de imprensa, foi comprovado que Bornhausen não era nem titular, nem co-titular da conta.

CPI

O presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP), informou que deverá instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Banco do Estado do Paraná (Banestado) na quarta-feira (18). Antes disso, porém, Cunha pretende pedir ao líder do PP, deputado Pedro Henry (MT), que indique os representantes do partido para integrarem a CPI. O PP é a única legenda que ainda não fez essas indicações. A comissão foi criada no dia 5 com a incumbência de investigar a evasão de divisas por meio de contas CC5, estimada em US$ 30 bilhões.

Já o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, garantiu que o governo tem todo o interesse em instalar a CPI do Banestado e está fazendo uma investigação com mais qualidade do que vinha sendo feito até agora. Ele negou que o Planalto esteja querendo evitar a CPI. Dirceu disse que a CPI vai ser instalada e que hoje o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União, Valdir Pires, vão conversar com os líderes do Congresso sobre a CPI. Segundo ele, os partidos já estão indicando nomes para integrar a comissão.

PSDB pede abertura de comissão

O PSDB apresenta hoje à Mesa Diretora do Senado pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a remessa ilegal de dólares ao exterior pelo Banco do Estado do Paraná (Banestado). O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) quer o Senado envolvido nas investigações.

Ele disse que já tem o número de assinaturas suficientes para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito. Na Câmara, o PMDB já indicou os dois suplentes para a CPI e falta apenas a indicação do titular pelo PP para a Comissão Parlamentar de Inquérito ser instalada.

As primeiras investigações indicam que o senador Jorge Bornhausen, presidente do PFL, teria lavado no esquema US$ 5 bilhões dos mais de US$ 30 bilhões remetidos ilegalmente pelo Banestado. De acordo com o delegado Castilho Neto, que participou das investigações, o caso pode causar mais impacto do que o resultante no impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Melo, por envolver diversos políticos."

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