sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Colosio - anos depois

Essa pode ser a história de um homem que desejou também olhar para o lado. O lado de seu povo.

O dia 23 de março de 1994 marca um dos acontecimentos mais importantes da história política do México. Naquele dia, Luis Donaldo Colosio, candidato presidencial do Partido Revolucionário Institucional (PRI) e favorito na disputa das eleições daquele mesmo ano, foi baleado. Dois disparos foram feitos durante uma de suas visitas da campanha eleitoral, em um dos bairros mais pobres e perigosos na fronteira da cidade de Tijuana. O tiro fatal no candidato foi registrado por uma câmera de vídeo, mas é impossível identificar o rosto do assassino entre a multidão presente ao evento. Em meio ao tumulto e confusão, Mario Aburto Martinez, trabalhador de uma fábrica local, é preso e conduzido a uma delegacia onde confessa e se declara culpado.

O Ministério Público admite o caso por encerrado, mas os mexicanos não se contentam com o desfecho das investigações. Como poderia um simples operário fazer um disparo a queima-roupa, tendo como alvo um candidato presidencial rodeado de seguranças, guardas, policiais e milhares de pessoas? As provas inconsistentes apresentadas pelas autoridades e a análise detalhada do vídeo realizada pela mídia, alimentam as suspeitas. Como é possível a vítima ter recebido dois tiros, um diretamente na cabeça e outro no abdome, no lado oposto do corpo, da mesma arma? E por que os orifícios produzidos pela entrada das balas, em ambos os disparos, parecem ser de diferentes calibres? Para confundir ainda mais a situação, com poucos minutos após a prisão de Aburto, aparecem novas evidências sobre o possível autor do crime.

Realizada ao longo de sete meses, esta produção analisa pela primeira vez a história, as provas, as motivações e outros fatores relacionados ao assassinato. Existe uma explicação científica que sustente a hipótese de uma só arma? O crime foi uma conspiração política com a contribuição da polícia local em uma tentativa de barrar Colosio e de impedir o candidato de realizar as reformas que comprometeriam o sistema do então governo no País? Se o assassinato foi o resultado de um ato isolado, quem foram os mandantes? Estas são apenas algumas das perguntas que o documentário procura responder.

Até o momento, quatro diferentes procuradores foram nomeados por dois diferentes presidentes para investigação oficial do caso. No entanto, nenhum conseguiu chegar a uma conclusão. Além disso, nenhum documentário conseguiu recriar as circunstâncias e evidências em torno da morte de Colosio e retratar toda a complexidade dos acontecimentos que marcaram este importante marco na história do país. O CASO COLOSIO disseca a evidência e interpreta as provas, tendo em conta os relatos dos protagonistas, jornalistas e testemunhos chaves de personagens como Antonio Cano, ex-presidente do PRI em Tijuana, Jesús Zambrano, membro da Comissão Parlamentar de Inquérito do Congresso, Othon Cortés, militante do PRI em Tijuana e um dos envolvidos no caso do assassinato e Miguel Montes, o primeiro promotor que ganhou notoriedade ao sustentar a hipótese do pistoleiro solitário. Desta forma, O CASO COLOSIO reúne ampla gama de perspectivas, provas e elementos que facilitam a análise de diversas hipóteses e permite que os telespectadores formem sua própria opinião sobre o crime.

O CASO COLOSIO foi executado para o Discovery Channel pela Onis Productions, com direção de Alan Tomlinson. Michela Giorelli, diretora de produção, e Irune Ariztoy, supervisora de produção, assinam o projeto por parte da Discovery Networks Latin America / US Hispanic.



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