sexta-feira, 17 de julho de 2009

Luis Nassif - Sobre economia, política e notícias do Brasil e do Mundo » CPI, mídia e mesquinharias

 

17/07/2009 - 09:50

CPI, mídia e mesquinharias

Da Folha

ELIANE CANTANHÊDE

A “enrolation” colou

BRASÍLIA - Quinta-feira, 16h, plenário

vazio no Senado. Mão Santa (PMDB) preside a “sessão”, Cristóvam Buarque (PDT) pede voto de censura contra Lula por causa do “pizzaiolos”, Álvaro Dias (PSDB) fala algo sobre a CPI da Petrobras. Em 15 minutos, encerram-se os trabalhos. Na prática, o recesso começou.

(…) A maior vitória foi ter empurrado a instalação da CPI com a barriga por 60 dias, operação que um governista chama de “enrolation” (enrolação, na língua do sarcasmo). Deu tempo para a Petrobras se armar para a guerra e os líderes treinarem e municiarem a tropa de choque governista.

A intenção é forçar uma batalha na base da chantagem: tudo que tucanos e democratas apresentarem contra a Petrobras terá, imediatamente, um contraponto com o que era antes, na era FHC.

A CPI, assim, é considerada “sob controle” pelo governo, mas isso não significa tranquilidade. Petróleo é altamente inflamável, a Petrobras mexe com empresas e contratos bilionários, há um mundo desconhecido nas suas entranhas e 54 senadores são candidatos à reeleição, doidos por holofotes.

Admite que a CPI poderá afetar imagem e negócios da maior empresa brasileira.

Como comparação, a CPI dos cartões corporativos remexia mesquinharias que caíam no terceiro escalão e murchavam. A CPI da Petrobras é como um balão: tudo que aparecer ali sobe na hierarquia, e ninguém sabe onde pode parar.

Portanto, não dá para o governo baixar a guarda. A oposição é desarticulada e pouco aplicada, mas, se houver bombas-relógio, elas tendem a explodir. No duro, quem faz as CPIs é a imprensa. Hoje o foco está em Sarney. Mas até quando?

Comentário

Três pontos importantes nessa análise da Eliane, para seus leitores (a Blogosfera está careca de saber). O primeiro, é que a CPI poderá afetar a Petrobras sim. “Ninguém sabe onde parar”.

O segundo é que a imprensa maneja os fatos de acordo com seus cirtérios. “No duro, quem faz as CPIs é a imprensa. Hoje o foco está em Sarney. Mas até quando? ”

Terceiro, a constatação tardia que o ridículo da CPI da Tapioca não dava para ser levado a sério porque remexia apenas mesquinharias.

Vamos conferir como as mesquinharias eram tratadas durante a campanha pela própria Folha: clique nas imagens para ampliar.

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