segunda-feira, 17 de agosto de 2009

NADA DE NOVO NESTA PESQUISA


16/08/2009 - 10:37
Datafolha: a crise política nada altera para Lula e 2010
Os mais comentados
Publico abaixo, como faço todos os domingos desde a estréia do blog, os três assuntos mais comentados da semana no Balaio, na Folha e na Veja, as duas publicações impressas de maior circulação no país:
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A grande novidade da pesquisa Datafolha publicada neste domingo é que não apresenta nenhuma grande novidade.
A crise política que dominou o noticiário nacional nos últimos meses nada alterou nos índices de popularidade do presidente Lula nem na corrida sucessória para 2010, ficando tudo na mesma dentro da margem de erro.
Ao contrário do previsto por dez entre dez dos maiores colunistas políticos do país, o festival de denúncias, baixarias e escândalos dos últimos meses, tendo como epicentro o Congresso Nacional, os números do Datafolha de agosto são praticamente os mesmos da pesquisa anterior divulgada em maio.
Nem a doença de Dilma e as denúncias contra ela, nem a gripe suína, nem a surpreendente entrada em cena da senadora Marina Silva como provável candidata do PV à Presidência da República, nada foi capaz de mudar as intenções de voto para 2010 e a avaliação positiva do governo Lula.
O líder das pesquisas José Serra perdeu um ponto (foi de 38 para 37), Dilma manteve os mesmos 16% da pesquisa anterior, assim como Ciro repetiu o índice de 15%. Logo atrás, Heloísa Helena subiu de 10 para 12%.
Marina Silva apareceu com apenas 3%, desmentindo os números do Ipespe, o Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas do cientista político Antonio Lavareda, que trabalha para o consórcio PSDB-DEM, na qual a senadora aparecia com índices entre 10 e 27% das intenções de voto _ argumento utilizado pelos verdes para convencê-la a sair candidata pelo partido.
“Lula passa por crise sem perder alta aprovação”, parece lamentar a Folha, em modesta matéria de uma coluna espremida na página A11, na qual informa que o presidente caiu apenas dois pontos (de 69 para 67) no auge de mais uma crise do fim do mundo.
O que para mim mais uma vez ficou claro nesta pesquisa do Datafolha é que há uma clara separação entre o Brasil real da grande maioria da população, satisfeita com a recuperação da economia e com a vida que leva, e o Brasil midiático, que emenda uma crise política na outra.
Outra constatação óbvia é que o quadro sucessório continua indefinido, não se sabendo até agora quem serão os candidatos para valer. Mas parece mais distante a possibilidade de uma eleição plebiscitária entre Serra e Dilma, como queria o governo.

fonte: blog do Ricardo Kotscho

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